Anton Fier, de 66 anos, foi um renomado baterista na cena musical de Nova York entre os anos de 1970 e 1980. No dia 14 de setembro, ele viajou até a cidade de Basiléia, na Suíça, para realizar o suicídio assistido depois de ter “completado a vida”. As informações são do portal Independent.

O diretor da Exit International, Philip Nitschke, informou que Anton não sofria de nenhuma doença terminal, apenas queria morrer pelos seus próprios termos após sentir que já havia realizado tudo na vida.

Ele ainda completou ao informar que o baterista procurou a clínica em abril de 2022, passou pelos conselhos a pessoas acima de 50 anos que desejam tirar a própria vida e participou do fórum online Peaceful Pills.

O Independent teve acesso à carta deixada por Anton, que dizia: “Sinto que fiz tudo o que posso fazer nesta vida. Eu nunca estive interessado em viver para ser um idoso incapaz de fazer fisicamente o que eu amo e fazia para viver. Meu pai morreu aos 42 anos, e minha mãe, aos 52. Eu nunca esperei ou me preparei para viver tanto tempo e não tive nenhum exemplo de como fazê-lo corretamente”.

O suicídio assistido por médico é legalizado em 10 estados dos Estados Unidos e em Washington, capital do País. Mas a lei apenas permite que isso seja realizado em pacientes que estejam nos estágios finais de uma doença terminal. Como Anton não cumpria os requisitos legais para realizar o suicídio assistido em solo americano, ele optou pela Suíça.

O jornal New York Times informou que Anton estava com problemas financeiros e não conseguia mais tocar bateria por conta de lesões nos pulsos.

Ao ser questionado sobre o método de suicídio assistido, Nitschke disse ao Independent que as leis suíças, que dão aos maiores de 18 anos o direto de escolher morrer, deveria ser adotada como modelo legislativo em outras jurisdições.

“Sob a lei californiana, você pode estar sofrendo terrivelmente, mas, a menos que você morra em seis meses, (o suicídio assistido) não é uma opção”, finalizou.