A Holanda estreia na Euro-2024 com otimismo neste domingo às 10h00 (horário de Brasília) em Hamburgo, na Alemanha, contra a Polônia, fragilizada pela lesão de seu principal jogador, o astro Robert Lewandowski.

As duas seleções disputam uma partida que já pode ser considerada decisiva no grupo D, em que a França, grande favorita, enfrenta a Áustria na segunda-feira.

Em Hamburgo, o jogo será equilibrado entre duas equipes que vêm de vitórias nos dois amistosos de preparação que tiveram: a Holanda goleou o Canadá (4-0) e a Islândia (4-0), e a Polônia venceu a Ucrânia (3-1) e a Turquia (2-1).

“As nossas vitórias nos deram confiança antes de enfrentarmos uma boa seleção polonesa”, afirmou o técnico holandês Ronald Koeman.

“Somos difíceis de derrotar”, alertou o zagueiro da ‘Oranje’ Matthijs de Ligt, destacando que a sua equipe tem jogadores em alguns dos melhores clubes europeus.

“Temos fome de resultados, de ganhar alguma coisa”, declarou Denzel Dumfries, de 36 anos, após o único título da Holanda, a Euro-1988.

“Agora temos vários jogadores com a experiência necessária na fase final, temos que usar isso a nosso favor”, comentou o atacante da Inter de Milão, um dos líderes do vestiário.

“O mais importante durante uma Eurocopa ou uma Copa do Mundo é manter a calma”, garantiu Dumfries, para quem “a dinâmica de grupo é muito boa graças aos jogadores que viveram muitas coisas e podem orientar aqueles que estão vivendo esta experiência pela primeira vez”.

– Mina de talentos –

A Holanda chega à Alemanha com um grupo repleto de jovens promessas, como Jeremie Frimpong, de 23 anos, que acaba de completar uma temporada espetacular no Bayer Leverkusen e que pode ocupar a vaga de Dumfries no time titular.

Esse é também o caso de Xavi Simons, que convenceu este ano no Leipzig após chegar por empréstimo vindo do Paris Saint-Germain. Embora precise transferir essa boa impressão para a seleção, seu talento aos 21 anos já é evidente.

Outros que combinam juventude e talento são o meio-campista do Milan, Tijjani Reijnders, e Ian Maatsen, finalista da Liga dos Campeões pelo Borussia Dortmund.

Estas jovens promessas servem de consolo após os desfalques de Frenkie de Jong e Teun Koopmeiners para as dezenas de milhares de torcedores holandeses, que tomaram as ruas de Hamburgo desde este sábado.

As lesões também são um problema para a Polônia, que, ao contrário do seu adversário de domingo, não tem tantos jovens talentos.

A lesão muscular na última partida de preparação de Robert Lewandowski, um dos melhores atacantes do mundo, é a maior desvantagem dos poloneses.

O astro de 35 anos perderá o jogo de domingo e ainda não tem garantia de disputar a segunda partida do torneio.

“No que diz respeito a Robert, há progressos. A equipe médica está fazendo todo o possível para ajudá-lo a se recuperar”, garantiu o técnico Michal Probierz na sexta-feira.

Ao longo da semana, o treinador teve que dar informações sobre as condições físicas de outros jogadores que chegaram lesionados, como o zagueiro Pawel Dawidowicz e o atacante Karol Swiderski, que machucou o tornozelo comemorando o gol contra a Turquia, mas poderá jogar contra a Holanda.

O maior desfalque polonês para o torneio é o do atacante da Juventus, Arkadiusz Milik. Apesar de tudo, Probierz segue confiante.

“Respeitamos a seleção holandesa e os seus resultados”, reconheceu o treinador polonês, antes de avisar: “Mas não temos medo”.

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