A empresa americana de vendas online Amazon anunciou, nesta quarta-feira (22), um novo investimento de 15,7 bilhões de euros (quase R$ 87 bilhões na cotação atual) para expandir seus data centers na região espanhola de Aragón.

“A Amazon Web Services (AWS) anunciou hoje os seus planos de investir 15,7 bilhões de euros” nesta região do nordeste do país, que poderão criar “17.500 empregos” indiretos “a tempo integral nas empresas locais”, escreveu a empresa em um comunicado.

O Governo espanhol comemorou o anúncio, afirmando que este investimento “ratifica a Espanha como um hub digital chave no sul da Europa com grandes vantagens, como a nossa conectividade e as condições climáticas e energéticas locais”, afirmou o ministro para a Transformação Digital, José Luis Escrivá, segundo o comunicado da empresa.

“Este novo compromisso da Amazon Web Services com o nosso país coloca a Espanha na vanguarda da inovação tecnológica e da Inteligência Artificial na Europa”, acrescentou.

Segundo o presidente regional de Aragón, Jorge Azcón, este é “o maior investimento econômico da história de uma empresa” na região de 1,3 milhão de habitantes.

A Amazon já possui três centros em Aragón, uma instalação que armazena máquinas, outra para equipamentos de hardware relacionados e uma terceira para dados.

O investimento permitirá ampliar estas unidades “para satisfazer a crescente demanda de serviços na nuvem”, indicou o comunicado.

De acordo com a diretora-geral da AWS para Espanha e Portugal, Suzana Curic, as instalações serão 100% alimentadas com fontes de energia renováveis, disponíveis em abundância na região que abriga diversos parques solares e eólicos.

O investimento é o terceiro realizado pela Amazon em apenas dez dias na União Europeia, depois dos 1,2 bilhão de euros (R$ 6,6 bilhões) anunciados na França em 12 de maio e dos 7,8 bilhões de euros (R$ 43,1 bilhões) na Alemanha, dois dias depois.

Esta injeção de recursos surge em meio ao debate no bloco sobre a questão de uma “nuvem soberana europeia”, destinada a permitir o armazenamento e o processamento de dados online sem passar pelas gigantes tecnológicas dos Estados Unidos.

Atualmente, quase 80% do mercado europeu de serviços públicos de nuvem são controlados por três grupos americanos, Amazon, Google e Microsoft, enquanto as alternativas europeias lutam por um espaço.

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