Muito ouve-se falar sobre os supostos laços criados entre mãe e bebê durante a amamentação. Para algumas mães, pode ser um choque saber que, na verdade, o ato não fortalece essa conexão. Já para outras, que não tiveram a oportunidade de amamentar seus filhos ou que optaram por não fazê-lo, isso pode ser um alívio. Saiba mais com informações do “The Sun”.

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Através de um questionário de 30 perguntas, pesquisadores da Universidade de Lincoln, na Inglaterra, entrevistaram 3 mil mães com uma média de 28 anos. Elas foram questionadas sobre sua experiência de parto, sobre como alimentaram seus bebês com menos de três anos e sobre o quão próximas se sentiam deles.

Surpreendentemente, a pesquisa não encontrou evidências para apoiar que as mães que amamentaram tivessem um vínculo maior com seus filhos em comparação aos outros meios de alimentação.

“Apesar dessas descobertas, deve-se reconhecer que a amamentação é muito importante por muitas outras razões e ainda deve ser incentivada sempre que possível”, declarou Abigail Davis, autora do relatório. “No entanto, se uma mãe optar por não amamentar ou não puder fazê-lo, não encontramos evidências que sugiram que seu relacionamento com o filho seja afetado.”

Outros benefícios da amamentação 

A amamentação, entretanto, carrega uma série de outras vantagens. A atividade pode dar aos bebês anticorpos carregados pelas mães e reduzir o risco de Síndrome da Morte Súbita Infantil (SIDS), diabetes infantil e leucemia, de acordo com o Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido (NHS). O órgão também afirma que, por quanto mais tempo uma criança for amamentada, mais tempo dura a proteção e maiores são os benefícios.

E as vantagens também se estendem às mães, que desenvolvem menor risco de câncer de mama e câncer de ovário com a amamentação, bem como doenças cardíacas e fragilidade nos ossos

No entanto, o peito nem sempre é a melhor escolha. Por vezes, a atividade pode ser muito dolorosa para algumas mães, ou os bebês parecem não se sentir à vontade mamar. 

Em suma, a amamentação é benéfica, mas também há uma série de razões médicas — como quando um bebê precisa ganhar peso ou está na UTI — pelas quais uma criança se beneficiaria do uso de fórmula.