Mais benefícios da amamentação foram comprovados por uma recente pesquisa conduzida pela Universidade de Oxford, na Inglaterra. De acordo com o estudo, crianças que mamam até completarem um ano têm QI mais alto na adolescência.

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Estudo: amamentação no primeiro ano de vida pode determinar QI mais alto na adolescência

De acordo com “O Globo”, de onde são as informações, 7.855 pessoas do Estudo de Coorte do Milênio do Reino Unido foram analisadas para a pesquisa. Esses participantes haviam sido recrutados, quando bebês, entre os anos de 2000 e 2002, e passado por testes cognitivos aos cinco, sete, 11 e 14 anos.

Levando em consideração fatores como características socioeconômicas e cognição materna, os pesquisadores analisaram a ligação entre a duração da amamentação e as habilidades de pensamento dos adolescentes

Entre os analisados, um terço nunca havia sido amamentado, enquanto 23% haviam sido amamentados por seis ou mais meses. O jornal relata que a ligação mais forte entre amamentação e habilidades de vocabulário foi vista em adolescentes de 14 anos.

Os resultados

De acordo com a pesquisa, a amamentação está associada a um aumento na inteligência das crianças independentemente da inteligência da mãe e de suas circunstâncias socioeconômicas.

Adolescentes de 14 anos que haviam sido amamentados por pelo menos um ano se saíram melhor em testes de vocabulário do que os que nunca haviam sido amamentados, somando uma diferença de quase três pontos de QI.

Analogamente, adolescentes que haviam sido amamentados por menos tempo, mas exclusivamente de leite materno, se saíram melhor em testes de cognição do que os que nunca haviam sido amamentados na infância. Os primeiros se sobressaíram em testes de memória, raciocínio e consciência espacial realizados aos sete e aos 11 anos.

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Ainda se referindo aos testes conduzidos durante a infância, a pesquisa cita um ensaio espacial feito com as crianças aos cinco anos e outro conduzido aos 11 anos, ambos tendo tido melhores resultados entre as que haviam sido amamentadas. 

A pesquisadora líder do estudo, Reneé Pereyra-Elías, entretanto, assegura que mães que não conseguiram amamentar não devem se preocupar, pois a diferença de QI entre crianças que foram amamentadas e outras que não foram é de cerca de dois a três pontos.