A muçulmana Ana Rita Gomes Vieira, de 41 anos, denunciou uma atendente de um posto de vacinação contra Covid-19, em Manaus, por discriminação religiosa, nesta segunda-feira (17). De acordo com a mulher, quando ela se aproximou da atendente, a servidora teria dito que temia que ela jogasse “uma bomba”. As informações são do G1 e do Uol.

Ao G1, Ana Rita contou que estava com um tradicional lenço palestino – chamado kufiyyah – protegendo os cabelos e usava uma máscara com as cores da bandeira palestina. “O que ela fez foi um crime. No momento da vacina, ela falou ‘ai, estou com medo de você, assim, toda coberta, me jogar uma bomba. É isso que vocês fazem’”, relatou a mulher.

“Tinha pacientes oncológicos lá e nenhum recebeu esse insulto por estar com lenço”, afirmou Ana Rita. Após o insulto, a mulçumano disse para a atendente que discriminação religiosa é crime e que estava gravando. No vídeo, a funcionária responde que foi “uma brincadeira”.

“Eu não aceito isso como brincadeira. É uma agressão. Não vou mais me calar. Estou cansada de sofrer esse tipo de abuso, de preconceito, de discriminação por exercer a minha fé”, afirmou Ana Rita ao G1.

O caso foi registrado no 18º Distrito Policial. Conforme a mulçumana, ela buscou orientação jurídica com advogados de um centro islâmico em Manaus para dar continuidade ao caso. Até o momento, a Prefeitura de Manaus não se manifestou sobre o assunto.

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