A ISTOÉ iniciou, nesta segunda-feira (21), uma série de debates com pré-candidatos à Presidência da República, para levar ao eleitor informações essenciais à definição do voto para as eleições deste ano. O primeiro sabatinado foi o senador Álvaro Dias (PR), pré-candidato pelo Podemos.

Segundo o senador, o nome do vice em sua chapa ainda não foi definido, mas admitiu conversas com o DEM, PRB, Solidariedade e PP para a composição de uma chapa única dos partidos do centro democrático progressista. O candidato declarou ainda que não descarta a possibilidade de abrir mão de ser cabeça de chapa. “Eu não posso impor a minha candidatura. Acho que temos de fazer a análise política, no momento adequado, para buscar a candidatura com maior potencial de crescimento e credibilidade.”

Para Álvaro Dias, a população brasileira busca um candidato com experiência administrativa e passado limpo, que represente a consagração de um novo modelo político e uma ruptura com o sistema atual. Suas propostas para essa reforma política envolvem a diminuição no número de partidos e parlamentares, bem como seus “penduricalhos injustificáveis” em tempos de crise, e o fim da reeleição. “Reeleição para cargo executivo é algo que não deu certo, pois o governante sempre vai priorizar medidas que vão garantir a sua permanência no cargo.”

Durante a sabatina, o pré-candidato falou sobre suas propostas para diversos setores. Veja alguns:

Segurança Pública

“Quando a autoridade não se impõe, a marginalidade se sobrepõe”, disse Álvaro Dias, sobre a crise de segurança pública que vive o Estado do Rio de Janeiro. Para o senador, hoje “há uma frouxidão” no trato com a criminalidade. Além disso, defende que apenas uma total refundação da República e a realização de reformas necessárias para aumentar recursos para investimentos nos setores essenciais, como o serviço de Inteligência na fiscalização das fronteiras, poderiam diminuir o tráfico de armas e drogas em todo o País e, consequentemente, a violência.

Legalização do porte de arma

Alvo de muita polêmica, principalmente em face dos recentes acontecimentos envolvendo franco-atiradores e tiroteios pelos Estados Unidos, a questão da liberação da compra e do porte de arma para civis também foi um dos temas abordados durante a sabatina.

O pré-candidato disse ser a favor da legalização do porte de arma, mas com legislação rigorosa, que responsabilize aqueles que praticarem abusos: “Possibilitaria a posse de arma com o objetivo de respeitar os direitos do cidadão que alega que, neste momento, o Estado não tem competência para garantir a segurança e quer ter o direto à legítima defesa”.

Drogas

Álvaro Dias afirmou, de forma categórica, que seu governo será radicalmente contra qualquer projeto de lei que tente legalizar as drogas. Para conter o avanço do narcotráfico, o senador indicou como uma possível medida a criação de uma frente latino-americana de combate à produção e ao tráfico de drogas, que ainda deve ser estudada com mais profundidade. Além disso, o candidato falou também sobre a melhoria dos mecanismos de recuperação de dependentes químicos.

Maioridade penal

O presidenciável também disse ser a favor da redução da maioridade penal para 16 anos, em conformidade, segundo ele, com o que deseja a maior parte da população, pois acredita que um jovem dessa idade já é capaz de fazer escolhas e compreender o que é o crime.

Segundo o candidato, no entanto, a medida também deve vir acompanhada de uma atualização do sistema prisional, para que esses menores ainda tenham uma chance de recuperação e não entrem em contato com os criminosos adultos e com condenações mais graves.

Reforma da Previdência

Segundo o senador, o novo governo tem de recuperar a credibilidade e, antes de tudo, explicar à população o que aconteceu com a Previdência e o que acontecerá com as aposentadorias caso as novas medidas não sejam adotadas urgentemente. Também deve mostrar que cobrará dos pequenos, mas cobrará dos grandes (grandes empresários, empresas, partidos políticos e clubes de futebol), proporcionalmente, e cortará privilégios de autoridades e verba legislativa.

>>> Assista ao debate completo e saiba sobre as propostas para as demais áreas como saúde, infraestrutura e educação:

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