Dois funcionários de alto escalão americanos participaram, neste domingo, de uma cerimônia em Jerusalém Oriental de inauguração de um sítio arqueológico, realizada por uma associação ultranacionalista israelense, uma presença que rompe a prática diplomática relativa à colonização e ao setor palestino ocupado por Israel.

Jason Greenblatt, assessor do presidente Donald Trump, e David Friedman, embaixador em Israel, acompanharam autoridades israelenses em uma cerimônia de revelação das descobertas arqueológicas em Silwan, bairro palestino localizado contra os muros da Cidade Velha, e cenário de tensões permanentes entre os residentes palestinos e os colonos judeus.

Ali, a organização Elad – cujo objetivo é “fortalecer a presença judaica em Jerusalém Oriental” – revelou um caminho subterrâneo usado há dois milênios para as peregrinações ao Segundo Templo judeu.

As críticas palestinas à participação dos americanos foram minimizadas pelo assessor presidencial Greenblatt, pelo Twitter, que chamou as acusações de “ridículas”.

Os palestinos acusam Israel e a Elad de tentar expulsá-los de Jerusalém.

A ONG israelense Emek Shaveh, que luta contra o uso uso da arqueologia a serviço da colonização, também criticou a presença de autoridades americanas na cerimônia.