Um alto funcionário da Coreia do Norte que teria sido alvo de um expurgo após o fracasso da reunião entre o presidente americano, Donald Trump, e Kim Jong Un em Hanói apareceu ao lado do líder norte-coreano durante uma apresentação artística, informou a imprensa estatal.
Kim Yong Chol, alto funcionário do partido que governa o país e a contraparte norte-coreana do secretário de Estado americano, Mike Pompeo, durante as discussões sobre as negociações nucleares, teria sido enviado a um campo de trabalho após o fracasso do encontro de fevereiro na capital vietnamita, informou na semana passada o jornal sul-coreano Chosun Ilbo.
Mas no domingo à noite ele estava ao lado dos principais dirigentes do país – incluindo Kim Jong Un, sua esposa Ri Sol Ju e outros líderes do partido – em um espetáculo oferecido por “grupos artísticos amadores de esposas” de oficiais militares, informou a agência oficial norte-coreana KCNA.
A Comissão de Inteligência do Parlamento sul-coreano indicou em abril que Kim Yong Chol havia sido afastado pela forma como administrou a reunião de Hanói, apesar de ter sido nomeado um pouco antes membro da Comissão de Assuntos Estatais, um dos principais organismos de governo, presidido por Kim Jong Un.
O nome de Kim Yong Chol estava na lista de espectadores do evento de domingo, segundo a KCNA.
No entanto, o nome de Kim Hyok Chol não estava na lista: o enviado especial da Coreia do Norte para os Estados Unidos, também de acordo com o jornal Chosun Ilbo, foi executado por um pelotão de fuzilamento por “trair o líder supremo” depois de ser “conquistado pelos Estados Unidos” durante as negociações prévias à reunião.
Kim Hyok Chol era a contraparte norte-coreana do representante especial dos Estados Unidos Stephen Biegun durante os preparativos para o encontro.
Esta não é a primeira vez que algumas informações sul-coreanas sobre expurgos e execuções na Coreia do Norte se revelam equivocadas.