Um alto funcionário do Pentágono renunciou nesta quarta-feira (19) a pedido do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por estar indiretamente vinculado ao escândalo da Ucrânia que resultou no frustrado processo de impeachment do republicano no Congresso.

John Rood, que ocupava o principal cargo político do Pentágono, verificou que a Ucrânia tinha realizado reformas suficientes para receber ajuda militar.

Isso prejudicou o argumento de Trump de que os fundos tinham sido retidos por causa da preocupação com a corrupção naquele país, e não como forma de pressionar Kiev a investigar o seu possível adversário político nas próximas eleições presidenciais americanas, o ex-vice-presidente Joe Biden, como argumentaram os democratas.

Não foi divulgada nenhuma justificativa para essa solicitação do presidente, mas o caso tem semelhanças com outros relacionados a funcionários da Casa Branca, como os que trabalhavam para a segurança nacional e que testemunharam em relação ao escândalo na Ucrânia durante o julgamento do impeachment contra o republicano.

Nos últimos meses, rumores apontavam que a personalidade de Rood teria o tornado um inimigo dentro do Pentágono e no Conselho de Segurança Nacional, na Casa Branca.

“Os altos funcionários do governo nomeados pelo presidente servem aos interesses do presidente e, portanto, como você solicitou, estou renunciando ao meu cargo a partir de 28 de fevereiro de 2020”, escreveu.

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O presidente agradeceu a Rood pelo serviço prestado no Pentágono por meio de uma mensagem no Twitter, em meio a um outro tuíte de um jornalista da Bloomberg, que ressaltou que o funcionário foi pressionado a renunciar por causa de “algumas pessoas que perderam a confiança quanto a sua capacidade de levar adiante a agenda de Trump”.


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