WASHINGTON (Reuters) – Os estoques no atacado dos Estados Unidos aumentaram um pouco mais do que o inicialmente estimado em dezembro, oferecendo esperanças de que as restrições na cadeia de suprimentos possam estar diminuindo.

O Departamento de Comércio dos EUA informou nesta quarta-feira que os estoques no atacado aumentaram 2,2% em dezembro, em vez da alta de 2,1% estimada no mês passado, e ante avanço de 1,7% em novembro.

Economistas consultados pela Reuters não esperavam revisão dos dados. Os estoques no atacado tiveram alta de 18,5% em dezembro em comparação com um ano antes.

Os estoques são parte fundamental do Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano. O relatório sucede notícias de terça-feira de que as importações de bens saltaram a um pico recorde em dezembro.

Em dezembro, os estoques atacadistas de veículos automotores aceleraram 4,6%, após alta de 3,4% em novembro.

Os estoques no atacado excluindo automóveis –componente entra no cálculo do PIB– aumentaram 2,0% em dezembro.

O investimento em estoque subiu a uma taxa anualizada ajustada sazonalmente de 173,5 bilhões de dólares no quarto trimestre, o segundo maior aumento trimestral já registrado.

A maioria dos economistas vê mais espaço para alta dos estoques, observando que os inventários ajustados à inflação permanecem abaixo do patamar pré-pandemia. A relação vendas/estoque também está baixa.

Estoques contribuíram com 4,90 pontos percentuais para o ritmo de crescimento anualizado de 6,9% do quarto trimestre. A recomposição de estoques pelas empresas, após três trimestres seguidos de redução, está apoiando a manufatura.

No ritmo de vendas de dezembro, levaria 1,25 mês para os atacadistas esvaziarem as prateleiras, leitura acima do 1,22 mês de novembro.

(Reportagem de Lucia Mutikani)

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