O chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha, considerou “elevado” o crescimento de 0,6 ponto porcentual na Dívida Líquida do Setor Público em julho, para 55,8% do Produto Interno Bruto (PIB). “Metade desse crescimento é explicado pelo impacto da apreciação cambial de 1,8% em julho, o que contribuiu para aumentar a Dívida Líquida em 0,3 p.p.”, detalhou.

Rocha também apresentou à imprensa a elasticidade da Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) ante o PIB em relação às variáveis que interferem em seu resultado.

No caso do câmbio, cada 1% de variação tem impacto imediato de 0,08 ponto porcentual (pp) em sentido oposto, o que equivale a R$ 4,1 bilhões.

No caso da Selic, cada 1 pp de alteração mantida por 12 meses tem reflexo de 0,43 pp na dívida bruta no mesmo sentido, o que representa R$ 30,4 bilhões em valores correntes.

Já cada alta ou baixa da inflação (basicamente IPCA) de 1 pp mantido por 12 meses tem impacto de 0,14 pp no mesmo sentido na dívida bruta, ou R$ 10,1 bilhões em valores nominais.