Alopecia: tudo sobre a doença que fez Jada Smith perder cabelos

Jada Smith diz que irá se pronunciar sobre polêmica no Oscar
Jada Smith diz que irá se pronunciar sobre polêmica no Oscar 'na hora certa' Foto: Reprodução/Instagram

Na noite de ontem, a cerimônia do Oscar, em Los Angeles (EUA), foi além da premiação, rendeu polêmica após Will Smith dar um tapa no rosto de Chris Rock. Tudo aconteceu após o comediante fazer uma piada sobre cabeça raspada de Jada Pinkett Smith, apresentadora, atriz, cantora e esposa do ator, que sofre de alopecia.

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A artista aderiu ao visual careca após descobrir a condição que desencadeia a perda de cabelo e/ou pelo entre homens e mulheres. Um dos tipos mais comuns é a alopecia areata, uma doença autoimune desencadeada pelo ataque das células no próprio organismo contra o folículo piloso, conforme explica Luciana Passoni, dermatologista, tricologista e membro da International Society of Hair Restoration and Surgery (ISHRS).

“É uma doença inflamatória, e muitas vezes pode ser reversível, mas às vezes a gente não consegue fazer com o que aquela pessoa pare de produzir anticorpos”, complementa a especialista, destacando ainda que a condição pode ser ocasionada por estresse, gatilho emocional e genética. 

Os sintomas incluem tricodinia, caracterizada por dor no couro cabeludo e perda completa dos fios de cabelo. Segundo Luciana, pode acontecer em áreas circunscritas, as mais comuns, no tamanho de uma moeda de um real, bem como pode atingir o couro cabeludo inteiro, típico da alopecia areata. “E quando estende para os pelos do corpo, sobrancelha, cílios, pelos do braço, perna, tórax, costas e pubianos, chamamos de alopecia areata universal”, pondera.

Tratamento

Para quem sofre desses sintomas, é imprescindível consultar um dermatologista para investigar e diagnosticar a doença. Após detectada, o tratamento é iniciado e há chance de cura. “Toda doença inflamatória tem cura, mas não é simples. A gente briga contra essa doença autoimune. Quando é a circunscrita (tamanho de uma moeda de um real) fica mais fácil cuidar, geralmente a resposta é muito boa. Em criança, a resposta é sempre muito boa”, destaca a tricologista.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), diversos tratamentos estão disponíveis para a alopecia areata. A escolha, que deve ser feita pelo médico, varia conforme o quadro, e pode incluir medicamentos tópicos, às vezes associados a tratamentos mais agressivos como sensibilizantes, ou corticóides injetávies em áreas delimitadas do couro cabeludo ou do corpo.

“Os tratamentos visam controlar a doença, reduzir as falhas e evitar que novas surjam. Eles estimulam o folículo a produzir cabelo novamente, e precisam continuar até que a doença desapareça”, informa a SBD, alertando evitar a automedicação.

Para concluir, Luciana Passoni enfatiza a importância do cuidado emocional a partir de terapia, e destaca que a alopecia se tornou ainda mais comum durante a pandemia, pois além da covid também ser uma doença inflamatória, o período trouxe consequências psicológicas para a população.

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