O Senegal vive uma sensação de alívio nesta terça-feira (4) após a decisão do presidente Macky Sall de não concorrer a um terceiro mandato em fevereiro de 2024, em um contexto de tensão política.

A decisão, comemorada pela comunidade internacional, tranquiliza um país que registrou em junho seus piores tumultos dos últimos anos.

Depois de meses de suspense em uma região marcada por golpes de Estado, Sall anunciou na segunda-feira que não concorreria a um terceiro mandato, algo ilegal aos olhos da oposição sob a Constituição.

O líder da oposição Ousmane Sonko, que foi impedido por uma condenação de concorrer às eleições, pediu à população que “se levantasse” se o presidente de 61 anos voltasse a concorrer.

A sua condenação no início de junho, que denuncia como um caso armado para impedir a sua candidatura, provocou protestos que deixaram pelo menos 16 mortos neste país do oeste da África.

Sall dominou as primeiras páginas de todos os jornais nesta terça-feira. “Macky sai pela porta da frente”, “Macky no panteão dos grandes homens”, afirmavam as manchetes.

“Tenho um sentimento de alívio, de orgulho porque a evolução da democracia senegalesa deu um passo… as perspectivas são boas”, avaliou Hassame Drabo, gerente de empresa em Dacar.

Sall foi eleito pela primeira vez em 2012 para um mandato de sete anos e de novo em 2019, por mais cinco anos, após uma revisão constitucional sobre a duração do cargo.

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