A desaceleração no Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), que registrou alta de 0,90% em abril ante 1,07% em março, foi marcada pelo alívio na inflação de alimentos, tanto no atacado quanto no varejo. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 8, pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

No atacado, os alimentos in natura, que puxaram a inflação do primeiro trimestre, foram destaque na perda de fôlego do IPA-DI, que registrou alta de 1,09% em abril, abaixo do 1,35% de março.

O subgrupo “alimentos in natura” do IPA-DI desacelerou de uma alta de 8,13% em março para uma elevação de 0,50% em abril. Também desaceleraram as taxas dos itens soja em grão (de 2,13% em março para -1,88% em abril), milho em grão (1,13% para -6,39%) e mandioca (4,96% para -4,33%).

No varejo, a principal contribuição para a desaceleração do IPC-DI partiu do grupo Alimentação (de 1,10% em março para 0,63% em abril).

“Nesta classe de despesa, vale mencionar o comportamento do item hortaliças e legumes, cuja taxa passou de 13,42% para 8,15%”, diz a nota da FGV.

Tangerina (-17,67%), maçã (-6,16%) e alface (-4,45%) foram destaques de baixa no IPC-DI de abril, embora os preços do tomate ainda estejam pressionando, com alta de 29,86%.

Pressões de outras áreas

Apesar do alívio com os alimentos, o IPC-DI de abril (0,63%) avançou no mesmo ritmo de março (0,65%). No lugar dos alimentos, a pressão veio do item “medicamentos em geral”, que saíram de uma alta de 0,15% para um avanço de 1,74%, após a autorização de reajuste pelo governo federal.

A gasolina, com avanço de 2,60%, também esteve entre as principais contribuições positivas no IPC-DI de abril.