Temida por algumas e desejada por outras, a menopausa marca o fim da vida reprodutiva de uma mulher. E se você faz parte do time que gostaria de adiá-la o quanto pudesse, sabia que sua alimentação pode influenciar nesse quesito?

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De acordo com o “UOL Viva Bem”, de onde são as informações, os fatores de risco mais relevantes para a menopausa precoce são mutações genéticas, fatores idiopáticos (sem causa conhecida), infecções, tabagismo e cirurgias. No entanto, a alimentação também pode estar relacionada.

Como alimentação pode influenciar a chegada da menopausa

De acordo com uma pesquisa publicada pela Universidade de Leeds, no Reino Unido, em 2018, o alto consumo de massas e arroz está associado à chegada da menopausa cerca de um ano e meio antes do que a idade média, de 51 anos. 

Em contrapartida, de acordo com a mesma pesquisa feita com 914 mulheres entre 40 e 65 anos, as que consumiam mais peixes oleosos e leguminosas frescas “atrasaram” suas menopausas em 3,3 anos e 0,9 anos, respectivamente.

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Relação entre alimentos e menopausa

É importante notar, de acordo com o portal, que “o estudo não encontrou uma relação de causa e consequência entre o consumo desses alimentos e a menopausa”. Isso significa que você não precisa parar de comer massas de forma definitiva, mas que pode-se concluir que a dieta influencia o fim da vida reprodutiva.

Isso porque a alimentação está relacionada a mudanças nos hormônios, e desequilíbrios hormonais “provocam irregularidades no ciclo menstrual e na ovulação”, como destaca a pós-graduada em nutrologia e medicina integrativa Esthela Oliveira.

É possível evitar a menopausa precoce?

Não existe uma solução para a menopausa precoce. “A menopausa se dá quando se tem menos de mil folículos restantes no ovário e não se tem mais hormônios suficientes para manter as condições de estrogênio e progesterona. Não há um remédio que reverta esse quadro”, explica Roberto de Azevedo Antunes, diretor da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do Rio de Janeiro, em entrevista ao portal.

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Por outro lado, a doutora em ginecologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) Renata Goes destaca que uma dieta com baixa gordura pode representar uma redução no risco de menopausa precoce, mas deve ser acompanhada por hábitos de vida saudáveis.

Nesse sentido, é imprescindível fazer visitas regulares ao ginecologista e preservar hábitos como baixa ingestão de álcool, dieta balanceada e prática de exercícios físicos.