O ritmo de aumento nos gastos das famílias com alimentação acelerou na passagem de dezembro para janeiro, de 0,08% para 0,35%, dentro do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A alimentação consumida fora de casa passou de alta de 0,33% em dezembro para aumento de 0,69% em janeiro.

“Provavelmente foi uma recuperação de preços que estavam represados, como os aumentos dos alimentos”, avaliou Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do IBGE.

Já os alimentos para consumo no domicílio saíram de recuo de 0,05% para elevação de 0,17% no período.

Houve pressão de itens como cenoura (7,98%), óleo de soja (7,66%), farinha de mandioca (5,51%), bolo (3,34%) e hortaliças (3,32%). Na direção oposta, alguns dos itens que ajudaram a conter a taxa foram o feijão-carioca (-13,58%), batata-inglesa (-8,48%), tomate (-5,83%), feijão-preto (-3,75%) e cerveja (-1,38%).

Os alimentos foram responsáveis por 0,09 ponto porcentual da taxa de 0,38% do IPCA em janeiro.

“O que mais pressionou (o IPCA) foi a questão do ônibus urbano e alimentos”, apontou Eulina.

Contas de luz

As contas de luz ficaram 0,60% mais baratas ao consumidor em janeiro, após um recuo de 3,70% em dezembro, segundo o IPCA divulgado pelo IBGE.

O recuo de dezembro tinha sido mais acentuado devido ao fim da cobrança do adicional de R$ 1,50 referente à bandeira amarela. Em janeiro, a queda foi causada pela redução da incidência do PIS/COFINS na maioria das regiões pesquisadas.

Já a taxa de água e esgoto aumentou 0,61% em janeiro, sob impacto de reajustes em Campo Grande (com alta de 7,37% na tarifa, devido a reajuste de 8,42% em 3 de janeiro) e Rio de Janeiro (alta de 5,12%, graças ao reajuste de 7,13% no dia 1º de janeiro).

Como consequência, o grupo Habitação saiu de um recuo de 0,59% em dezembro para uma alta de 0,17% em janeiro.