O gigante chinês do comércio eletrônico Alibaba anunciou, nesta quinta-feira (17), perdas de US$ 2,9 bilhões no terceiro trimestre, em meio à desaceleração da economia chinesa e ao endurecimento das regulamentações.
Seu volume de negócios aumentou, no entanto, 3%, em relação ao ano anterior, chegando a 207,1 bilhões de iuanes (em torno de US$ 28,9 bilhões) no período de julho a setembro.
No trimestre anterior, o Alibaba registrou crescimento nulo de sua receita, pela primeira vez em sua história.
Desde o final de 2020, as autoridades chinesas adotaram uma linha dura contra certas práticas dos gigantes digitais, até então toleradas, no âmbito da coleta de dados pessoais e da concorrência.
Algumas medidas fizeram o setor perder bilhões de dólares em capitalização na bolsa.
Em paralelo, a China luta, há vários meses, contra o ressurgimento da epidemia de covid-19, e a fragilidade das despesas das famílias está pesando nas empresas de comércio eletrônico.
Indicativo dessas dificuldades, o Alibaba foi mais discreto do que o habitual este ano, após o Dia dos Solteiros, um evento comercial muito popular na China que gera enormes vendas on-line, encerrado em 11 de novembro.
Há anos, essas vendas são acompanhadas de uma intensa campanha midiática por parte do Alibaba, com um telão que mostra a evolução do volume de transações realizadas em suas plataformas.
Nesse contexto econômico sombrio, o Alibaba também registrou uma queda de 1% interanual em suas vendas na China durante seu último exercício financeiro. No nível internacional, porém, suas vendas cresceram 4% no ano.
O grupo de Hangzhou (leste da China) demitiu quase 15 mil funcionários, conforme dados obtidos comparando sua força de trabalho com o mesmo trimestre do ano passado.