A Aliança do Pacífico, bloco comercial formado por Chile, Colômbia, México e Peru, anunciou que vai promover um “mercado digital” que impulsione o desenvolvimento do comércio online, ao fim de uma cúpula semipresencial nesta sexta-feira (11) em Santiago.

Com a presença na capital chilena do presidente da Colômbia, Iván Duque, que acompanhou o anfitrião chileno, Sebastián Piñera, a XV Cúpula do bloco foi realizada com a participação virtual dos presidentes do México, Andrés Manuel López Obrador, e do Peru, Francisco Sagasti.

Na declaração que fechou o encontro, os líderes expressaram seu pesar pelas milhares de mortes deixadas pela pandemia da covid-19 e se comprometeram a trabalhar juntos para “superar seus impactos econômicos e sociais”, como a perda de milhões de empregos e o aumento da pobreza.

“Só a recuperação e reativação de nossas economias e a recuperação de nossa capacidade de gerar empregos nos permitirão soluções definitivas para as questões sociais que angustiam e pressionam tantas famílias na Aliança do Pacífico”, disse Piñera em coletiva de imprensa.

Assim, os presidentes se propuseram a implementar um mercado digital regional que melhore o acesso ao comércio pela internet e promova novas fontes de crescimento e produtividade.

Segundo o comunicado, o mercado digital permitirá, principalmente às pequenas e médias empresas, ampliar suas oportunidades por meio de ações que reduzam as barreiras comerciais e do uso de ferramentas digitais para sua inserção internacional.

Para Piñera, é “fundamental” que a Aliança do Pacífico – que conseguiu que 98% das transações comerciais entre seus membros sejam livrem de tarifas – “recupere o ímpeto, a força, o dinamismo e a convicção de que a possibilitou chegar onde está”.

Os países membros assinaram uma declaração sobre igualdade de gênero para impulsionar o desenvolvimento econômico e social das mulheres.

Além disso, o Chile transferiu a presidência rotativa do bloco para a Colômbia e foram firmados acordos para a incorporação de Cingapura e Equador como membros associados.

“É uma oportunidade de cooperar, compartilhar tecnologia, trocar experiências e promover o turismo. Além de incentivar a criação de negócios, atrair investimentos e fomentar o emprego”, afirmou o presidente do Equador, Lenin Moreno.

Formada há nove anos, a Aliança do Pacífico representa 41% do PIB da América Latina e se tornou a oitava economia do mundo com um mercado de mais de 230 milhões de pessoas.