Guilherme Amado Coluna

Coluna: Guilherme Amado, do PlatôBR

Carioca, Amado passou por várias publicações, como Correio Braziliense, O Globo, Veja, Época, Extra e Metrópoles. Em 2022, ele publicou o livro “Sem máscara — o governo Bolsonaro e a aposta pelo caos” (Companhia das Letras).

Aliados indicam cenário em que Tarcísio rejeitaria ‘convocação’ de Bolsonaro por 2026

Recuperação de Lula nas pesquisas tem feito alguns aliados de Tarcísio apostarem em uma condição que o faria rejeitar corrida presidencial

Pablo Jacob/Governo do Estado de SP
Foto: Pablo Jacob/Governo do Estado de SP

A recuperação da popularidade de Lula e a liderança dele nas pesquisas de intenção de voto têm feito aliados de Tarcísio de Freitas apostarem em um cenário em que o governador de São Paulo rejeitaria uma “convocação” de Jair Bolsonaro para ser candidato à Presidência em 2026.

Embora o chamado de Bolsonaro tenha fortíssimo apelo, e venha sendo apontado como decisivo ao rumo de Tarcísio, esses interlocutores do governador avaliam que ele não se lançará ao Planalto caso a conjuntura indique, desde os primeiros meses do próximo ano, uma vitória de Lula.

É abril de 2026 o prazo máximo para que Tarcísio defina se deixará o Palácio dos Bandeirantes — caso renuncie, abrirá mão do favoritismo à reeleição em São Paulo para entrar em um duríssimo páreo contra o incumbente petista.

Com os ventos soprando a favor de Lula nesse momento, na visão desses aliados de Tarcísio, quanto mais o ex-presidente adiar sua definição para a corrida presidencial, melhor.

Em prisão domiciliar há dois meses, Bolsonaro tem sido pressionado publicamente pelo Centrão a indicar logo o seu candidato ao Planalto. Tarcísio é o preferido do grupo, que mantém Ratinho Júnior como segunda opção.