Pessoas próximas ao ex-presidente colombiano Iván Duque solicitaram asilo na França por medo de “perseguições” de partidários de seu sucessor, o atual presidente Gustavo Petro, informaram as autoridades francesas.
O relatório anual do Escritório Francês de Proteção a Refugiados e Apátridas (Ofpra) indica que 1.346 colombianos apresentaram pela primeira vez em 2024 um pedido de proteção na França.
A maioria dos pedidos menciona a violência provocada por grupos paramilitares ou guerrilheiros ativos, mas também há solicitações relacionadas à orientação sexual ou identidade de gênero, aponta o relatório.
“Além disso, alguns pedidos procedem de pessoas próximas ao ex-presidente Iván Duque, que alegam perseguições por parte de simpatizantes do partido do atual presidente, Gustavo Petro”, acrescenta o relatório, sem revelar detalhes.
Quase 130.000 pessoas solicitaram proteção na França pela primeira vez em 2024. Os afegãos foram os mais numerosos (12.378), seguidos de ucranianos (11.814) e guineanos (10.327).
Na América Latina, 5.395 haitianos (8ª posição) solicitaram asilo pela primeira vez, à frente dos colombianos (27ª), venezuelanos (773, 34ª) e peruanos (368, 43ª).
Sobre a Venezuela, o Ofpra destaca que Colômbia, Chile, Peru, Brasil e Equador são os principais países de recepção dos venezuelanos, a terceira nacionalidade de solicitantes na UE em 2024.
Na França, “uma proporção cada vez maior” dos pedidos de venezuelanos menciona o assédio de grupos criminosos, “principalmente por meio de sequestros para pedidos de resgate”, destaca o relatório.
Os venezuelanos que pedem asilo também denunciam a situação econômica e de segurança, assim como o medo de represálias por participar de protestos ou integrar a oposição ao presidente Nicolás Maduro.
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