Após a operação da Polícia Federal que teve como um dos alvos o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), nesta quarta-feira (15), políticos do partido consideram nos bastidores que o pedetista deveria desistir de sua candidatura à Presidência em 2022. As informações são da Folha.

Segundo o jornal, a ação policial teria chegado em um mau momento, no qual Ciro não consegue subir nas pesquisas de intenção de voto, e segue atrás ou em empate técnico com o ex-ministro do governo Jair Bolsonaro Sergio Moro (Podemos).

Parte da bancada do PDT prefere que a legenda não tenha candidato à Presidência e dê total atenção na distribuição de verbas de campanha do partido aos candidatos à Câmara dos Deputados.

Nesta quarta, a PF cumpriu mandado de busca e apreensão na manhã desta quarta-feira (15) contra Ciro Gomes (PDT), ex-governador do Ceará e pré-candidato à Presidência em uma investigação sobre supostas irregularidades em obras da ampliação da Arena Castelão, principal estádio do Ceará, para a Copa do Mundo de 2014.

Segundo a PF, as fraudes ocorreram entre 2010 e 2013, anos em que o Ceará era governado por Cid Gomes (PDT), irmão de Ciro e hoje senador. A polícia afirma que há indícios de pagamentos de R$ 11 milhões em propinas diretamente em dinheiro ou disfarçadas de doações eleitorais, com emissões de notas fiscais fraudulentas por empresas fantasmas. As investigações começaram em 2017, segundo a PF, quando foram identificados indícios de esquema criminoso envolvendo pagamentos de propinas para que uma empresa vencesse a licitação das obras da Arena Castelão.