Vice-presidente da Câmara e aliado do presidente Michel Temer, o deputado Fábio Ramalho (PMDB-MG) assumiu o comando da Mesa da Casa durante uma sessão solene na manhã desta quinta-feira, 18, para evitar que a oposição fizesse críticas ao peemedebista.

A sessão, em homenagem à Defensoria Pública, estava sendo presidida pelo deputado Alessandro Molon (Rede-RJ), que na quarta-feira, 17, protocolou um pedido de impeachment contra Temer por conta das delações da JBS.

No momento em que começava a fazer críticas a Temer, Molon foi interrompido por Ramalho, que reivindicou a prerrogativa de presidir a Mesa, já que ocupa a primeira-vice-presidência da Casa.

Houve bate-boca entre os dois deputados. “Por favor, não me cortem a palavra. Não se poderá calar o País”, disse Molon. Ramalho, que estava atrás do deputado da Rede, repetia que tinha direito de assumir o posto.

Sob protesto, Molon deixou a presidência da Mesa. “Essa é a Casa do povo, não é a casa de Michel Temer. Aqui os deputados vão falar”, disse.

Ao assumir a presidência da sessão, o peemedebista disse que não iria encerrar os trabalhos e que iria dar a palavra para os demais colegas. À medida que os oposicionistas subiam na tribuna para fazer críticas a Temer, porém, Ramalho pedia ordem e dizia que a sessão desta quinta tinha o objetivo de homenagear os defensores públicos – e que os deputados deveriam se ater a esse assunto ao fazerem seus discursos. “O pessoal da defensoria pública está aqui, vamos homenageá-los, eles estão aqui para ser homenageados”, disse.

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