‘Algo bom pode estar acontecendo’, diz Trump sobre Ucrânia

ROMA, 24 NOV (ANSA) – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, expressou otimismo nesta segunda-feira (24) a respeito de um possível acordo entre Ucrânia e Rússia para colocar fim a uma guerra que já dura quase quatro anos.   

“Será mesmo possível que grandes progressos estejam sendo feitos nas negociações de paz??? Não acredite até ver, mas algo bom pode estar acontecendo”, escreveu o mandatário na plataforma Truth Social.   

Trump deu prazo até 27 de novembro para Kiev aceitar o plano de paz apresentado pela Casa Branca, porém, segundo a revista britânica The Economist, os EUA estudam estender o ultimato devido aos avanços nas negociações.   

No último fim de semana, lideranças ucranianas e europeias realizaram articulações intensas com Washington para tentar tornar a proposta menos indigesta para Kiev, sobretudo na questão das cessões territoriais e do redimensionamento do Exército.   

A proposta inicial americana estabelece que a Ucrânia deve ceder toda a região da Bacia do Don (Donbass), incluindo as províncias de Donetsk e Lugansk, à Rússia e limitar seu exército a 600 mil efetivos.   

Além disso, prevê anistia para os dois países, impedindo que dirigentes russos sejam processados por crimes de guerra, e um pacto de não agressão entre Europa, Rússia e Ucrânia, determinando que todas as “ambiguidades” dos últimos 30 anos sejam consideradas “resolvidas”.   

O plano de Trump ainda fixa a realização de eleições para a sucessão do presidente Volodymyr Zelensky em até 100 dias após a assinatura do acordo e coloca a usina de Zaporizhzhia, maior central nuclear da Europa, sob supervisão da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea), com a eletricidade distribuída igualmente entre Ucrânia e Rússia.   

Nenhum soldado da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) seria enviado para o território ucraniano, enquanto Kiev abriria mão definitivamente de entrar na aliança militar. Em troca, a Ucrânia obteria “garantias de segurança” da Otan contra eventuais futuros ataques de Moscou. (ANSA).