O diretor de futebol do Palmeiras, Alexandre Mattos, detonou a arbitragem do goiano André Luiz de Freitas Castro durante a vitória por 2 a 1 sobre o Ceará, neste domingo, no estádio do Pacaembu, em São Paulo, pela 30.ª rodada do Campeonato Brasileiro. Três jogadores – Mayke, Bruno Henrique e Lucas Lima – que estavam pendurados com dois cartões amarelos foram advertidos e não poderão enfrentar o Flamengo, em confronto direto da próxima rodada. Além de Deyverson, expulso após dar uma solada em Richardson.

Na opinião do dirigente, o árbitro teve critério “muito estranho”, sugerindo que Andrré Luiz de Freitas Castro mostrou os cartões pensando justamente no duelo entre palmeirenses e flamenguistas no sábado que vem, no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro.

“Não dá mais para ficar aguentando vir aqui falar de arbitragem. E por que tem de falar de arbitragem? Porque não adianta ficar caladinho, mandando DVD, mandando isso, porque respondem, não respondem, falam que vai rebaixar árbitro, não sei se rebaixa. Nós não queremos rebaixamento, queremos um campeonato limpo. E aí gera dúvida uma situação dessa. O cartão para o Mayke, Lucas Lima e Bruno Henrique gera dúvida se foi direcionado por causa do próximo jogo, contra o Flamengo, que pode representar muito no campeonato”, afirmou Mattos.

Questionado se tinha convicção de que a arbitragem havia agido pensando no duelo no Rio de Janeiro, o dirigente recuou. “Eu tenho convicção de que está estranho. Não tem como saber, está estranho. O árbitro não tem de vir aqui dar explicação, né? Por que não bota o microfone lá e diz: ‘Meu amigo, o que foi isso, o que foi o cartão do Bruno Henrique?’ Muito estranho, muito estranho”, reiterou o diretor palmeirense.

O lance envolvendo Bruno Henrique aconteceu logo aos dois minutos de jogo. O volante dividiu uma bola com Richardson e atingiu o tornozelo do adversário. A reclamação de Mattos foi mais sobre a sequência da jogada e não o lance em si. Isso porque o árbitro demorou a mostrar o cartão amarelo e só o fez após verificar que o atleta do Ceará precisava de atendimento médico. Mayke, por sua vez, foi advertido por retardar o início da partida. E Lucas Lima, por cometer falta e reclamar em seguida.

Até mesmo a expulsão de Deyverson acabou, de certa forma, criticada por Mattos. Na dividida entre o atacante e Richardson, o palmeirense deixou a chuteira na barriga do adversário. “Os dois levantaram a perna. Talvez, o Deyverson errou em não ficar rolando no chão”, disse, para em seguida voltar a criticar os cartões amarelos mostrados ao trio de palmeirenses.

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“Agora, se pegar o cartão do Bruno Henrique, com um minuto de jogo. Ele (árbitro) não deu nada. Foi no jogador perguntar, o jogador falou que precisava de atendimento, aí ele deu cartão. O do Mayke foi absolutamente desnecessário. Por favor, coloquem as imagens. E o cartão do Lucas Lima, idem. Aí ele vai escrever na súmula: ‘Ah, o Lucas Lima me xingou, ah, o Mayke atrasou’. Se for assim, temos de olhar setecentas mil vezes que acontece isso no jogo. A preocupação é se esse cidadão já ficou ‘opa, dá para dar uma desfalcada aqui, tem jogo lá no Maracanã, jogo difícil, vamos ver o que a gente faz aqui’. Parece direcionado”, concluiu o dirigente.


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