Alessandra Negrini falou sobre a cultura do cancelamento ao relembrar críticas por se fantasiar de indígena, no Carnaval de 2020. Na ocasião, ela protestou a favor dos direitos dos povos indígenas.

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“Não sou a favor. Como diria Nelson Rodrigues, toda unanimidade é burra. Essas coisas precipitadas da internet levam a equívocos. O cancelamento surgiu como uma ferramenta importante balizar as pessoas e falar: ‘Não, você não pode fazer isso, isso é horrível’. Ele tem seu valor nesse sentido. Mas virou algo impositivo, virou um instrumento de violência. Então tem que ter sempre o diálogo na própria narrativa”, opinou, em entrevista ao podcast “Novela das 9”.

“Você tem uma narrativa, mas tem que pensar os prós e os contras dentro da própria narrativa. Ou seja, você tem que parar para pensar. O que tem acontecido no cancelamento é que ninguém para pensar. Eu acho meio fascista o processo do cancelamento, na verdade”, falou.

“Eu estava muito segura, nem esperava que isso fosse acontecer (…) Essa questão da apropriação cultural é quando não tem troca. Você pega um signo de um grupo, se apropria para você e o grupo que produziu aquilo não recebe nada. Não é o caso. Eu chamei um indígena para pintar o meu rosto, então o trabalho dele estava impresso no meu rosto. Ele tem um trabalho maravilhoso, o Benício Pitaguary. E eu estava lá para mostrar isso. Era a representatividade deles”, continuou.

“‘Eu não tenho medo de ser cancelada?’. Não, eu não estou pensando sobre isso. Não é uma preocupação da minha vida no momento. Mas a gente se preocupa em tentar entender o mundo com os melhores conceitos. ‘Como pensar o mundo’ é uma questão para todo mundo hoje em dia”, completou a atriz.

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