Alesp exonera foragido por esquema de corrupção na prefeitura de São Bernardo

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Fachada da Alesp Foto: Divulgação

A Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) exonerou da função de auxiliar legislativo Paulo Iran Paulino Costa, que está foragido e é acusado pela PF (Polícia Federal) de operar o esquema de corrupção em São Bernardo do Campo (SP) — cidade localizada na região metropolitana da capital paulista.

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Paulo Iran cumpria função no gabinete do deputado estadual Rodrigo Moraes (PL). Nas redes sociais, o parlamentar afirmou que ficou sabendo pela manhã da quinta-feira, 14, sobre a operação da PF em São Bernardo do Campo e determinou a exoneração do auxiliar legislativo. “Aqui trabalhamos com a verdade”, declarou.

Conforme as investigações, Paulo Iran era responsável por repassar “altas quantias de dinheiro” ao vereador Daniel Lima (Podemos), presidente da Câmara Municipal de São Bernardo do Campo.

Mensagens entre os dois servidores indicaram que diversas porções de dinheiro vivo eram enviadas para Daniel Lima no próprio prédio da Câmara.

No meio das mensagens, a polícia encontrou ambos combinando a entrega de R$ 60 mil em espécie para Marcelo Lima em uma adega da cidade. Na época, em 2024, ele ainda não era prefeito, mas era vice-prefeito e organizava campanha para se eleger.

Entenda a operação

A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira, 14, a Operação Estafeta, com o objetivo de apurar crimes de corrupção e lavagem de dinheiro praticados por suposta organização criminosa com indícios de atuação na administração pública do município de São Bernardo do Campo (SP).

De acordo com o Estadão, um dos alvos da operação é o prefeito Marcelo Lima (Podemos), que foi afastado do cargo. Ele terá que usar tornozeleira eletrônica e está proibido de frequentar a prefeitura. Dois vereadores, entre eles o presidente da Câmara Municipal da cidade, Danilo Lima (Podemos), também são investigados.

Segundo a PF, agentes estão cumprindo dois mandados de prisão preventiva, 20 mandados de busca e apreensão e medidas de afastamento de sigilos bancário e fiscal, nas cidades de São Paulo, São Bernardo do Campo, Santo André, Mauá e Diadema, todas no estado de São Paulo.

Em nota à IstoÉ, a prefeitura de São Bernardo informou “que irá colaborar com todas as informações necessárias em relação ao caso”. “A gestão municipal é a principal interessada para que tudo seja devidamente apurado. Reforçamos que o episódio não afeta os serviços na cidade”, diz o comunicado.