A Comissão de Ética da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) acatou nesta quinta-feira pedido feito pela deputada Carla Morando (PSDB) para a abertura de processo contra o deputado Frederico D’Ávila (PSL) que, no mês passado, proferiu um discurso no Plenário atacando o Papa Francisco, o arcebispo de Aparecida, dom Orlando Brandes, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Igreja Católica. Logo após o feriado de Nossa Senhora Aparecida, o deputado do PSL utilizou a tribuna do Plenário Juscelino Kubistchek para responder a um discurso feito pelo Arcebispo dom Orlando Brandes. Em sua fala, Frederico D’Avilla utilizou palavras como “pedófilos”, “safados” e “vagabundos”, para se referir ao Papa Francisco, ao Arcebispo de Aparecida e à CNBB.

Carla Morando ficou indignada com os ataques aos católicos, sobretudo ao Papa Francisco, e pediu a abertura de um processo por quebra de decoro contra o parlamentar do PSL. “Estou acompanhando de perto todo o processo e espero que o deputado seja punido. É inadmissível que um deputado utilize a tribuna da Alesp para ofender e atacar líderes religiosos. Houve quebra de decoro parlamentar e não podemos permitir esse tipo de atitude”, salientou a deputada tucana. Com a abertura do processo, Frederico D’Avila terá cinco sessões ordinárias para apresentar a defesa na Comissão de Ética, que é presidida pela deputada Maria Lúcia Amary.

Após a fala do deputado, a CNBB também se pronunciou e divulgou uma carta aberta a Alesp, assinada pelo arcebispo de Belo Horizonte, dom Walmor Oliveira de Azevedo, o arcebispo de Porto Alegre, dom Jaime Spengler, o 1ª vice-presidente e bispo de Roraíma, dom Mário Antônio da Silva, e pelo 2º vice-presidente e bispo auxiliar do Rio de Janeiro, dom Joel Portella Amado, repudiando a fala e cobrando punição ao parlamentar.