Rio – A Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) decidiu soltar os deputados estaduais que estavam presos pela operação Furna da Onça, desdobramento da Lava Jato no Rio. A votação ainda não acabou, mas já tem os 36 votos necessários para a libertação dos parlamentares.
A decisão beneficia André Corrêa (DEM), Chiquinho da Mangueira (PSC), Luiz Martins (PDT), Marcos Abrahão (Avante) e Marcus Vinicius Neskau (PTB). Houve comemoração em um das galerias da Alerj.
Na segunda-feira, os sete deputados membros da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do Rio anunciaram que o projeto de resolução apresentado nesta terça-feira seria pela libertação dos deputados presos pela Operação Furna da Onça. O grupo foi capturado em novembro do ano passado sob acusação de montar um esquema criminoso na Casa.
Por 5 votos a 2, os integrantes da CCJ decidiram pela formatação de um projeto não apenas pela soltura dos acusados, mas também estendeu a votação para os cinco presos. A decisão da ministra Carmem Lúcia, na semana passada, tratava apenas de três deles.
Assim, os beneficiados podem ser André Corrêa (DEM), Luiz Martins (PDT), Marcus Vinicius Neskau (PTB), Marcos Abrahão (Avante) e Chiquinho da Mangueira (MDB), este ultimo cumpre prisão domiciliar.
Ainda de acordo com o texto do projeto, mesmo que seja solto, o quinteto deverá se manter afastado do mandato. Isso porque a posse conferida na cadeia foi suspensa este mês pelo Tribunal de Justiça do Rio. E a Alerj ainda não recorreu.
Ainda de acordo com o texto do projeto, mesmo que seja solto, o quinteto deverá se manter afastado do mandato. Isso porque a posse conferida na cadeia foi suspensa este mês pelo Tribunal de Justiça do Rio. E a Alerj ainda não recorreu.
Quem votou a favor
Os deputados Luiz Paulo (PSDB) e Dr. Serginho (PSL) votaram contra a soltura. Já Márcio Pacheco (PSC), Rodrigo Bacelar (SDD), Max Lemos (MDB), Jorge Felippe Neto (PSD) e Carlos Minc (PSB) votaram a favor da libertação. Agora, cabe ao plenário da Casa decidir pela soltura ou não dos cinco presos.
Mais de R$ 50 milhões em propinas
Mais de R$ 50 milhões em propinas
Desdobramento da Lava Jato, a Furna da Onça mira um suposto esquema que teria movimentado R$ 54,5 milhões em propinas, entre 2011 e 2014, segundo mandato do governador Sérgio Cabral (MDB).
Inicialmente, foram emitidos dez mandados de prisão. No entanto, parte dos parlamentares já cumpria prisão desde novembro de 2017 por conta da Operação Cadeia Velha.
Inicialmente, foram emitidos dez mandados de prisão. No entanto, parte dos parlamentares já cumpria prisão desde novembro de 2017 por conta da Operação Cadeia Velha.