A justiça alemã está julgando atualmente 10 idosos alemães que são suspeitos de ter participado de inúmeros assassinatos durante a Segunda Guerra Mundial.

Entre os acusados está Josef S, de 100 anos, suspeito de ter construído para o assassinato de 3.518 pessoas durante o conflito.

No tribunal, Josef segurou um fichário sobre o rosto durante todo o tempo do seu depoimento para esconder o rosto. A suspeita é de que o aposentado tenha trabalhado no campo de concentração Sachsenhausen, próximo da capital alemã Berlim.

AFPDefendant Josef S (L) sits next to his lawyer Stefan Waterkamp and hides his face behind a folder as he waits for the start of his trial in Brandenburg an der Havel, northeastern Germany, on October 7, 2021. – The 100-year-old former concentration camp guard will become the oldest person yet to be tried for Nazi-era crimes in Germany when he goes before court charged with complicity in mass murder. The suspect, identified as Josef S., stands accused of “knowingly and willingly” assisting in the murder of 3,518 prisoners at the Sachsenhausen camp in Oranienburg, north of Berlin, between 1942 and 1945. (Photo by Tobias Schwarz / AFP) (Crédito:AFP)

De acordo com um estudo feito por especialistas, o campo de Sachsenhausen teria mantido próximo de 50 mil pessoas no local, as quais morreram de fome, trabalho forçado, execuções e vítimas de experiências médicas.

“O réu, de forma consciente e voluntária, ajudou e incitou isso, pelo menos cumprindo conscienciosamente o dever de guarda, que foi perfeitamente integrado ao sistema de assassinato”, disse o promotor Cyrill Klement no tribunal.

AFPDefendant Josef S hides his face behind a folder as he arrives for his trial in Brandenburg an der Havel, northeastern Germany, on October 7, 2021. – The 100-year-old former concentration camp guard will become the oldest person yet to be tried for Nazi-era crimes in Germany when he goes before court charged with complicity in mass murder. The suspect, identified as Josef S., stands accused of “knowingly and willingly” assisting in the murder of 3,518 prisoners at the Sachsenhausen camp in Oranienburg, north of Berlin, between 1942 and 1945. (Photo by Tobias Schwarz / AFP) (Crédito:AFP)

Em sua defesa, o advogado do idoso, Stefan Waterkamp, deixou claro ao tribunal na última quinta-feira (7) que Josef “apenas fornecerá informações sobre sua situação pessoal”.

Assine nossa newsletter:

Inscreva-se nas nossas newsletters e receba as principais notícias do dia em seu e-mail

O advogado Thomas Walther, que representa os sobreviventes e parentes das vítimas, espera que Josef forneça mais informações.

“Um homem não é feito de pedra, não é uma máquina. Talvez ele ainda diga algo.”, avaliou.


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias