A política na Alemanha influenciou as negociações com euro na sessão desta segunda-feira, 18. O dólar, por sua vez, ficou estável ante moedas fortes e subiu ante a as emergentes, com exceção do peso da Argentina, que se recuperou de fortes perdas recentes.

No final da tarde em Nova York, o euro subia para US$ 1,1618, avançava para 128,49 ienes e apresentava alta a 0,8778 libra esterlina.

O comportamento da moeda no final do dia destoou, no entanto, do que foi observado ao longo da sessão. A moeda sentiu pressão do impasse político na Alemanha, onde a chanceler Angela Merkel corre o risco de perder o apoio da União Social-Cristã (CSU) por causa da sua política migratória de “portas abertas”.

No entanto, os agentes financeiros digeriram as informações vindas de Berlim e passaram a considerar que a crise não deve ter proporções grandes, o que deu fôlego ao euro no final da tarde. “A chance de queda de Merkel é de somente 25%”, afirmou à reportagem o analista Charles Lichfield, da consultoria de risco político Eurasia Group.

Os agentes do mercado avaliaram ainda a crescente escalada das tensões comerciais entre Estados Unidos e China. No começo da tarde, o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, afirmou que Pequim aplica uma “economia predatória e sem precedentes de furto de propriedade intelectual”. No final da semana passada, os países aplicaram mutuamente tarifas de 25% sobre US$ 50 bilhões em importações.

Desta forma, a percepção de aversão ao risco elevou a cotação do dólar ante as moedas emergentes. Ante o iene, a moeda ficou estável. No final da tarde, a divisa dos EUA operava a 110,60 ienes e subia para 63,500 rublos e 13,6806 rands.

A exceção ao movimento se deu no peso argentino, que na semana passada perdeu 10% de seu valor.

O Banco Central da República Argentina (BCRA) anunciou que o compulsório bancário terá um alta escalonada de cinco pontos porcentuais para os depósitos à vista e à prazo, “com certas exceções”.

“O efeito total da medida resultará na absorção de liquidez da ordem dos 100 bilhões de pesos no sistema financeiro”, disse a nota do BRCA. Nesse caso, a elevação de 3 pontos ocorrerá em 21 de junho e a outra alta, de 2 pontos, está prevista para 18 de julho.

Na CME, o bitcoin para junho subiu 2,53%, para US$ 6.695,00.