LONDRES, 26 JUL (ANSA) – Os governos de Alemanha, França e Reino Unido anunciaram neste sábado (26) um plano conjunto para distribuição de ajuda humanitária na Faixa de Gaza por meio de aviões.
Essas operações foram autorizadas por Israel, porém são criticadas pelo Programa Mundial de Alimentos (PMA) da Organização das Nações Unidas (ONU), que as define como “caras e ineficientes”.
A iniciativa foi anunciada pelo governo britânico após um telefonema entre o premiê Keir Starmer, o presidente da França, Emmanuel Macron, e o chanceler da Alemanha, Friedrich Merz.
Segundo comunicado de Downing Street, as ajudas serão distribuídas em parceria com países da região, como a Jordânia, para combater uma situação “assustadora” na Faixa de Gaza, onde o fluxo de auxílios humanitários é controlado unicamente por Israel.
Berlim, Londres e Paris também anunciaram um plano para a “evacuação de crianças necessitadas de assistência médica” e concordaram com a importância de um “plano robusto” para chegar a um “cessar-fogo urgente em Gaza”.
A situação humanitária no enclave se agravou após o bloqueio à entrada de ajuda imposto por Israel desde o fim do cessar-fogo com o Hamas, em março passado.
No fim de maio, o governo israelense autorizou uma entidade americana, a Fundação Humanitária de Gaza (GHF, na sigla em inglês), liderada pelo pastor evangélico Johnnie Moore, apoiador do presidente dos EUA, Donald Trump, a entregar alimentos aos palestinos, porém, desde então, mais de mil pessoas foram assassinadas nos arredores de pontos de distribuição.
Enquanto isso, apenas desde a última sexta-feira (25), cinco pessoas, incluindo, três crianças, morreram de fome em Gaza, segundo a Al Jazeera. O avanço da carestia aumentou a pressão para Israel interromper a guerra e fez Macron anunciar que reconhecerá o Estado da Palestina, posição inédita entre as potências ocidentais. (ANSA).