BERLIM, 30 SET (ANSA) – O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, negou que a Itália seja um “explosivo” para a União Europeia por conta da vitória da líder de extrema direita Giorgia Meloni nas eleições de 25 de setembro.   

Em uma coletiva de imprensa nesta sexta-feira (30), o porta-voz do governo alemão, Steffen Hebestreit, foi questionado sobre o assunto e citou uma resposta dada por Scholz em entrevista ao jornal Neue Osnabrucker Zeitung: “Não vejo qualquer explosivo. Meu conselho é contar com o fato de que o futuro governo italiano respeitará as regras europeias”.   

“O chanceler disse que as italianas e os italianos são claramente europeístas”, acrescentou Hebestreit. O porta-voz também afirmou que Berlim está pronta a “colaborar com os governos de países parceiros” e que a amizade com a Itália é “profunda” e “assim continuará”.   

Líder do partido de extrema direita Irmãos da Itália (FdI), Meloni tem uma trajetória de críticas à União Europeia e já defendeu inclusive a saída do país do euro, o que poderia levar ao fim da moeda comum na UE.   

No entanto, quando passou a ter perspectivas de chegar ao governo, Meloni moderou o discurso e hoje não fala mais em romper com Bruxelas, além de defender o respeito aos parâmetros orçamentários impostos pelo bloco.   

O atual presidente da Itália, Sergio Mattarella, também é europeísta convicto e já barrou até a nomeação de um ministro da Economia antieuro no primeiro governo de Giuseppe Conte, em 2018. (ANSA).