Após ser denuncia pelo Ministério Público Federal (MPF) na última semana, o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves (PDT), acumulou outra denúncia. O político é investigado por suspostamente ter favorecido empreiteiras que fizeram doações eleitorais em licitações de obras. Na Justiça estadual, Neves também é investigado por postura semelhante.

Vale lembrar que o prefeito recebeu apoio em 2012 do ex-governador Sérgio Cabral (MDB), o qual está preso. De acordo com o MP, Rodrigo recebeu R$ 1 milhão de caixa dois da FW Engenharia, do empresário Flávio Werneck. Em troca, ele teria direcionado obras para a empreiteira realizar na cidade, conforme apuração do G1.

Em sua defesa, o prefeito considerou a denúncia como “absurda”, já que ela alega ter suas contas aprovadas na Justiça Eleitoral. Outro apontamento feito por Neves é que a FW Engenharia perdeu concorrências durante o seu mandato.

Ao MP, Cabral disse que ficou combinado que a “FW fizesse obras na cidade de Niterói”. O caixa dois foi confirmado por Carlos Miranda, operador financeiro de Cabral no esquema, de acordo com apuração do G1.

“Pelo o que o Flávio me relatou, ele teria ido conversar com o Rodrigo, por orientação do ex-governador Sérgio Cabral, e que nessa conversa com Rodrigo Neves teria ficado acertado que o Flávio ganharia contratos na prefeitura”, disse Miranda.

A empreiteira em questão aparece em uma planilha do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) na qual demonstra o recebimento de RS11 mil da administração municipal de Niterói em 2012. Os valores saltaram para R$22 milhões dois anos depois e atingiram os R$ 35 milhões em 2016.

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