Além da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), que anunciou o terceiro aumento consecutivo para o início de junho em cerca de 10%, Usiminas e ArcelorMittal também acompanharam o movimento e anunciaram reajustes para a primeira semana de junho para a rede de distribuição, disse o presidente do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda), Carlos Loureiro.

Com esse aumento, o prêmio do aço, que é a diferença do preço do aço nacional em relação ao importado, deverá ficar e torno de 5%, considerando os preços atuais do aço no mercado externo, nível considerado adequado pelo setor. Hoje mesmo após dois aumentos (março e abril) os prêmios estão negativos.

Esse aumento de preços será também repassado para os clientes industriais que não possuem contratos anuais. Loureiro disse que o aumento de preços que foram realizados em abril, de aproximadamente 13%, já foram implementados na totalidade para a rede de distribuição e começou a ser passada para a indústria.

Apesar desse aumento, o presidente do Inda disse que os importadores não devem ter capacidade para importar, mesmo se houver alguma oportunidade pontual, visto que o setor está tendo dificuldade de obter crédito no mercado, por conta da prolongação da crise. “Alguns importadores tiveram atraso no pagamento”, destaca.

O executivo cita que é ainda importante para que o novo aumento seja implementado que não ocorra briga entre as usinas para market share, o que , no momento, não parece que irá ocorrer, tendo em vista que a siderúrgicas precisam melhorar suas margens.

Em relação ao setor de longos, o presidente do Inda disse que a Gerdau anunciou este mês um aumento de 8%, mas lembrou que para os longos um reajuste neste momento é mais desafiador do que em planos por conta dos novos entrantes nesse mercado, como a CSN.

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Perspectivas

A mudança de governo no Brasil trouxe “perspectivas um pouco melhores”, mas definitivamente a crise que atravessa o País não acabou, disse Loureiro. O executivo elogiou a equipe econômica anunciada nesta terça-feira pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e disse que agora a expectativa é que medidas sejam anunciadas.

O executivo disse que o setor já se encontrou com o novo governo para repassar o panorama de crise vivido pelo setor siderúrgico no Brasil.


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