Alcolumbre fala em ajuste fiscal e promete atenção ao combate às desigualdades

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Senador Davi Alcolumbre enxuga o rosto durante votação para presidente do Senado, em Brasília 01/02/2025 REUTERS/Mateus Bonomi Foto: REUTERS/Mateus Bonomi

O presidente do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre (União-AP), garantiu nesta segunda-feira que o Parlamento irá avançar na agenda fiscal e voltou a bater na tecla da necessidade de respeito entre os Poderes, em recado ao Judiciário. O parlamentar também afirmou que o Congresso trabalhará para combater as desigualdades.

“O brasileiro quer crescer, quer empreender, quer viver com dignidade. E nós temos que ser o instrumento para que isso aconteça. Vamos avançar na agenda fiscal, na geração de emprego e renda e no combate às desigualdades”, disse o senador em cerimônia de abertura do ano legislativo.

“É essencial que cada Poder respeite suas funções e limites. O Congresso tem sua autonomia e suas prerrogativas”, afirmou Alcolumbre na sessão, na presença do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso.

Eleito presidente do Senado e do Congresso no último sábado, Alcolumbre citou especificamente as emendas parlamentares como instrumentos indispensáveis à atividade parlamentar. Os recursos do Orçamento cuja destinação é definida por deputados e senadores têm estado no centro de mal-estar entre o Judiciário e o Legislativo, em uma queda de braço em torno da transparência e a rastreabilidade desses valores.

“A recente controvérsia sobre emendas parlamentares ao Orçamento ilustra a necessidade de respeito mútuo e diálogo contínuo”, afirmou o senador.

“As decisões do Supremo Tribunal Federal devem ser respeitadas, mas é igualmente indispensável garantir que este Parlamento não seja cerceado em sua função primordial de legislar e representar os interesses do povo brasileiro, inclusive, levando recursos e investimentos à sua região.”

Atualmente, parlamentares controlam quase um quarto dos recursos disponíveis para investimentos e implementação de políticas do governo por meio das emendas parlamentares, uma participação que cresceu significativamente na última década e tornou-se, em parte, de execução impositiva.