O vice-presidente Geraldo Alckmin minimizou neste domingo, 28, a crise com o Congresso Nacional após a derrubada da desoneração da folha de pagamento. Segundo Alckmin, é necessário manter o diálogo com os congressistas.

Nesta semana, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), demonstrou desconforto com a derrubada da medida que dava benefícios fiscais a 17 setores da economia. A decisão foi tomada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) após um recurso do Palácio do Planalto.

Para Alckmin, o diálogo com o Senado irá prevalecer, mas defendeu o fim da desoneração e justificou a necessidade de se ter responsabilidade fiscal.

“Diálogo permanente com os demais poderes. A responsabilidade fiscal é um dever de todos. É com boa política fiscal que vamos ter política monetária melhor, com redução de juros e crescimento da economia. É um compromisso de todos, e o caminho é o diálogo”, afirmou, durante a abertura da Agrishow, em Ribeirão Preto (SP).

Na sexta, 26, Pacheco deu a entender que não iria mais interceder em votações de interesse do governo. Aos jornalistas, o presidente do Senado afirmou que colocará em pauta projetos apenas de interesse para o país.

A crise foi escancarada em meio a necessidade do governo federal em manter vetos orçamentários. O Planalto barrou R$ 5,6 bilhões em emendas parlamentares e tenta encontrar meios de negociar para manter ao menos parte do veto.

A sessão do Congresso já foi adiada ao menos três vezes e, após a quebra de braço, deve acontecer no próximo dia 8 de maio.