Alckmin encontra representantes de Visa, Apple, Meta e Google em meio a crise com EUA

Cadu Gomes/VPR
Vice-presidente Geraldo Alckmin Foto: Cadu Gomes/VPR

A agenda do presidente em exercício, Geraldo Alckmin (PSB), foi atualizada, com a inclusão de diversos executivos de empresas do setor de tecnologia em uma reunião nesta segunda-feira, 21, às 12h. Entre eles, representantes da Visa, Meta, Apple e Google.

A agenda publicada pela Vice-Presidência inicialmente falava apenas em uma reunião com o “setor de tecnologia”. A seguir, o nome dos executivos presentes na reunião com Alckmin:

— Igor Luna, Consultor Jurídico da Câmara Brasileira da Economia Digital;

— Nuno Lopes Alves, Diretor Geral da Visa;

— Gustavo Lage Noman, Vice-Presidente de Assuntos Governamentais da Visa;

— Márcia Miya, Government Affairs Manager na Apple;

— Gustavo Dias, Head Jurídico e de Relações Institucionais América Latina;

— Yana Dumaresq, Diretora de Políticas Públicas da Meta;

— Daniel Arbix, Diretor Jurídico do Google.

Também estiveram presentes assessores e diplomatas envolvidos na negociação dos Estados Unidos com o Brasil, entre eles o embaixador Maurício Lyrio, entre outros secretários do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

Alckmin negocia após tarifaço e investigação do Pix

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou em 10 de julho a sobretaxa de 50% em todas as importações brasileiras ao país. Na carta em que definiu as tarifas, o republicano citou Jair Bolsonaro (PL) e afirmou que o ex-presidente, réu no STF (Supremo Tribunal Federal) por participação em uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, é vítima de “caça às bruxas” do Judiciário brasileiro.

Desde então, uma crise diplomática escalou entre as nações, e Alckmin foi escalado para mediar o diálogo entre o governo federal e os empresários brasileiros em reação ao tarifaço.

Na última semana, o Escritório do Representante de Comércio dos Estados Unidos (USTR, na sigla em inglês) anunciou uma investigação contra o Brasil. Entre os motivos para isso estão o suposto comércio de produtos ilegais na rua 25 de Março, em São Paulo, e o Pix. O método de pagamento lançado pelo Banco Central brasileiro é apontado como um incômodo para empresas de cartão de crédito, como a Visa.