Esta é a campanha eleitoral mais judicializada da história. Não bastasse a debochada candidatura de Lula, decretada como ilegal, agora temos o tucano Geraldo Alckmin e o petista Fernando Haddad, que deve entrar na cabeça de chapa do PT no próximo dia 11, como dois candidatos questionados na Justiça. Alckmin acaba de ser denunciado pelo Ministério Público de São Paulo por improbidade administrativa, por ter recebido R$ 8,3 milhões de caixa dois da Odebrecht para sua candidatura a governador em 2014. A denúncia foi feita pelo promotor Ricardo Manuel Castro e só não vai abater ainda mais o tucano em seu voo de recuperação porque mesmo que venha a ser condenado até o final do ano, o que dificilmente ocorrerá, será apenas uma decisão de primeira instância. E, como se sabe, para tornar alguém inelegível, a decisão tem que ser tomada em segunda instância. Então, se for eleito daqui a um mês, Alckmin poderia tomar posse tranquilamente. O mesmo acontece com Haddad. Caso ele seja mesmo efetivado como o candidato do PT à presidente no próximo dia 11, há contra ele uma denúncia feita pelo Ministério Público Estadual por corrupção e lavagem de dinheiro. Neste caso, o petista é acusado de ter recebido R$ 2,6 milhões da UTC para saldar dívidas com gráficas que trabalharam em sua campanha para prefeito em 2012. Se Haddad também vier a ser condenado até o final do ano, o que também não deve acontecer, o petista pode tomar posse caso se eleja no mês que vem. Mas tanto um quanto o outro estão com as candidaturas carimbadas com a mancha de irregularidades em seus caixas de campanha. E é essa é mais uma rusga na atual campanha eleitoral.