O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse nesta quinta-feira, 4, que o candidato à Presidência da República neste ano deve unir o País e que o PSDB será “protagonista” nessa união. As declarações aconteceram dois dias depois da entrevista do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ao jornal O Estado de S.Paulo, na qual FHC diz que pode apoiar outro nome na disputa, se Alckmin não conseguir unir o centro.

“Vamos trabalhar para unir o País. Unir em torno de um projeto, de uma proposta, é isso que o presidente Fernando Henrique defende e nós também defendemos. Vamos unir o Brasil e o PSDB será protagonista nesse trabalho de poder unir o País, para poder retomar o crescimento”, afirmou o governador, que também é presidente do partido, em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes.

Alckmin iniciou sua fala concordando com trecho da entrevista do ex-presidente, que o País estaria cansado da divisão. Após a repercussão negativa de tucanos às declarações de Fernando Henrique Cardoso, ele soltou uma nota em que reforçou que o candidato é Alckmin.

Questionado se ele teria mais o perfil de candidato que outros possíveis nomes do centro, como o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD), e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o governador disse que é “do povo”.

“Eu não sou fruto nem da dinastia política, não sou fruto de dinastia política, meu pai, meu avô, meu bisavô, ninguém, e nem de riqueza pessoal. Sou fruto do povo. Com 25 anos de idade, ‘tava’ na periferia da minha cidade natal trabalhando junto com a população, junto com o povo”, disse. Maia é filho do ex-prefeito do Rio de Janeiro, César Maia, e Meirelles foi presidente de bancos e integrou conselhos de empresas.

O governador citou o desempenho nas últimas eleições estaduais, em que venceu em 644 dos 645 municípios paulistas, e uma frase do ex-governador Mário Covas (PSDB), que diz que “o povo erra menos que as elites”. “Acredito muito no julgamento das pessoas. Precisamos é levar a eles todas as informações”, afirmou.