A Albânia lançou sua campanha de vacinação contra a covid-19 na segunda-feira (11), com doses oferecidas por um país europeu, mas seu primeiro-ministro acusou a União Europeia de negligenciar os Bálcãs na luta contra o vírus.

Nas últimas duas semanas, as vacinas foram distribuídas nos países-membros da União Europeia, mas a maioria dos países dos Bálcãs, região pobre que aspira a ingressar no bloco, ainda não começou a vacinar suas populações.

Países da região têm vacinas reservadas, particularmente através do programa internacional de ajuda Covax para os países mais pobres, mas ainda aguardam as primeiras entregas.

A única exceção é a Sérvia, que começou a vacinar em 24 de dezembro, antes mesmo dos países da União Europeia.

A campanha de vacinação começou em Tirana com 975 doses da vacina EUA-Alemanha Pfizer/BioNTech “oferecida à Albânia por um país da União Europeia” que não quis ser divulgado, disse o primeiro-ministro Edi Rama, um dos primeiros a ser vacinado no estádio da capital, onde foi instalado um dispositivo de vacinação.

“Esperamos receber cerca de 2.000 doses adicionais do mesmo país europeu nos próximos dois dias”, disse Rama.

Ele também criticou a UE por não incluir a Albânia e os outros países dos Bálcãs Ocidentais em seu programa de vacinação.

A Albânia encomendou 500.000 doses da vacina Pfizer/BioNTech e deve recebê-las até o final de janeiro.

No início de janeiro, 13 Estados-membros da UE instaram Bruxelas a ajudar seus vizinhos a orientá-los para vacinar suas populações.

A UE já havia adotado um pacote de 70 milhões de euros em dezembro para ajudar os países dos Bálcãs Ocidentais a cobrir os custos da vacinação.