Albanese anuncia amplo combate ao ‘ódio e divisão’ na Austrália

ROMA, 18 DEZ (ANSA) – O primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, anunciou nesta quinta-feira (18) ampliar as leis para combater “o ódio, a divisão e a radicalização” no país, após o atentado a tiros na praia de Bondi, em Sydney, que deixou 15 mortos no domingo (14), incluindo membros da comunidade judaica.   

“É evidente que precisamos fazer mais para enfrentar esse flagelo maligno, muito mais”, afirmou Albanese em uma coletiva de imprensa, prometendo penas mais severas.   

Segundo o premiê, líderes de organizações que incitam a violência serão enquadrados no novo crime federal de “discurso de ódio agravado”, havendo também fatores agravantes em condenações por ameaças e assédio online.   

Além disso, o ministro do Interior, Tony Burke, poderá cancelar e rejeitar vistos de pessoas que disseminam “ódio e divisão”.   

“Todo judeu australiano tem o direito de se sentir seguro, valorizado e respeitado por sua contribuição a nossa grande nação”, declarou Albanese, acrescentando que “terroristas, inspirados pelo Isis [Estado Islâmico do Iraque e da Síria], buscaram colocar os australianos uns contra os outros, mas nosso povo respondeu a esse ato de ódio com amor e solidariedade àqueles que estão de luto”.   

Ontem, a polícia acusou o atirador pelo atentado em Bondi, Naveed Akram, de 24 anos, de terrorismo, 15 homicídios e outros 39 crimes.   

Ele é o único sobrevivente responsável pela ofensiva, já que o outro suspeito, Sajid Akram, seu pai, de 50 anos, morreu durante um confronto com a polícia.   

De acordo com as autoridades, “os primeiros indícios apontam para um ataque terrorista inspirado pelo Estado Islâmico”.   

(ANSA).