O técnico da seleção da Argentina, Lionel Scaloni, afirmou nesta quarta-feira que a decisão de disputar a Copa América 2021 no Brasil gera preocupação por conta da pandemia de covid-19, mas esclareceu que se sua equipe tiver participar, fará “o melhor possível”.

“Se tivermos que ir, vamos jogar e tentar fazer o melhor possível na Copa. Mas há muitas incógnitas sobre acomodação. Sinceramente, ainda é alarmante e preocupante. O Brasil não é o lugar ideal”, disse Scaloni à imprensa conferência um dia antes da partida com o Chile pelas Eleminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2022.

Questionado sobre a transferência da Copa para o Brasil a partir de 13 de junho, ele respondeu que “a Argentina caiu (da organização do torneio) por um problema lógico de saúde, como a Colômbia caiu antes, e certamente será uma situação muito difícil de lidar”.

O Brasil é o segundo país do mundo com mais mortes por covid (mais de 465.000).

A Argentina, com mais de 78.000 mortes e quase 3,8 milhões de infecções, desistiu de organizar o torneio. A Colômbia, que seria uma das sedes, teve que declinar devido à convulsão social em que está mergulhada.

Scaloni especificou que “cinco ou seis jogadores do elenco estão vacinados”, mas “os demais não” e “ainda não há informação oficial sobre a vacinação” para toda a equipe.

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– “É muito difícil com o vírus” –

As seleções sul-americanas também estão sofrendo com as adversidades da pandemia, disse o técnico.

“É muito difícil com a questão do vírus, no dia a dia e nos treinos. Todas as seleções estão nas mesmas condições. Temos que conviver com isso com a maior responsabilidade”, afirmou ele.

Scaloni anunciou que como os testes de PCR do goleiro Franco Armani e do lateral Gonzalo Montiel foram positivos, eles não poderão viajar para Santiago del Estero, local do jogo a 1.000 km ao norte de Buenos Aires.

“Vamos ser inflexíveis” com os cuidados diante da pandemia, disse o treinador.

A ‘Roja’, por sua vez, já havia perdido Arturo Vidal, seu líder emblemático, hospitalizado em Santiago do Chile.

O alarme foi disparado na Albiceleste com uma informação de um antígeno positivo do atacante Sergio ‘Kun’ Agüero, mas posteriormente a análise de PCR foi negativa.

A partida será disputada pela sétima rodada das Eliminatórias, sem ter disputado a quinta e a sexta, remarcadas em decorrência da pandemia. A Argentina (10 pontos) está em segundo lugar, atrás do Brasil (12), enquanto o Chile (4) está em sexto lugar.

– Mudança no gol –

Emiliano Martínez é quem ocupará a vaga de Armani no gol. “É evidente o nível que ele está tendo agora (no Aston Villa, na Inglaterra) e ele é o que está melhor”, disse Scaloni.

“Está definido. Será uma equipe competitiva”, disse ao anunciar a escalação: Emiliano Martínez – Juan Foyth, Cristian Romero, Lucas Martínez Quarta, Nicolás Tagliafico – Leandro Paredes, Lucas Ocampos, Rodrigo De Paul – Lionel Messi, Ángel Di María e Lautaro Martínez.


Sobre a inclusão de Cristian Romero como zagueiro, afirmou que “fez uma temporada muito boa na Atalanta (Itália) e foi eleito o melhor zagueiro-central da Serie A. É o momento de ele mostrar. Ele tem toda a nossa confiança”.

Na história recente, o Chile derrotou a Argentina em duas finais, a Copa América-2015 e a Copa América Centenário-2016, em duas decisões nos pênaltis. A Albiceleste venceu os chilenos na disputa pelo terceiro lugar na Copa América-2019 no Brasil.

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