O oposto Alan rompeu o tendão de Aquiles diante do Irã, no dia 24 de junho de 2022. Neste sábado, quando entrar em quadra diante da Eslovênia, pela Liga doas Nações, completará um ano da grave lesão como destaque da seleção brasileira. Ele celebra a volta por cima na carreira e o retorno das grandes apresentações.

“Não sinto incômodo de falar sobre a lesão, porque ela aconteceu. E poderia ter acontecido com qualquer um, né? Faz parte do nosso trabalho. Esse período que eu joguei a Superliga também foi bem importante, porque ali pude ver que estava bem, que estava tudo ok e que eu ia poder somar bastante na seleção”, afirmou. “Estou bem feliz de estar aqui, podendo jogar, estar com a equipe, com todo mundo me apoiando, disse Alan, em Orleáns, na França, onde a seleção disputa a segunda fase da Liga das Nações.

O jogador já vinha em recuperação de uma cirurgia no pé esquerdo em dezembro de 2021, que também custou ausência das quadras por seis meses. Recuperado, o oposto se define um batalhador e espera só colher bons frutos de agora em diante.

“Gostaria que me vissem como acredito que já me olham. Como um cara que não desiste, que não se deixa abalar pelos acontecimentos. Eu fiz duas cirurgias seguidas e voltei super bem”, enfatizou. “Isso mostra o quanto que me dedico ao trabalho e o quanto tenho contribuído. Mesmo com esses altos e baixos, o pessoal já tem uma boa visão de quem eu sou, do atleta que eu sou, quem é o Alan.”

O oposto é o segundo maior pontuador brasileiro na Liga das Nações, com 84 pontos (75 de ataque, quatro de bloqueio e cinco de saque), atrás somente do ponteiro Lucarelli, com 99. Nas duas partidas disputadas em Orléans, contra Bulgária e Japão, Alan foi quem mais pontuou pela equipe de Renan Dal Zotto, com 14 e 20 pontos, respectivamente.

“Ser um dos maiores pontuadores é normal pela função de oposto. É um cara que tem que ser mais acionado, que é mais cobrado no ataque, então eu fico feliz de estar conseguindo fazer esse papel muito bem”, disse. Apesar do discurso humilde, o jogador é bastante exaltado pelo treinador da seleção.

“O Alan é reconhecidamente um dos melhores opostos do mundo. Isso é o voleibol que fala, não sou eu, mas eu estou reafirmando. Ele é um oposto interessante, que sabe jogar com bola alta também, mas sua especialidade é um jogo mais rápido, muito importante para o estilo de jogo do Brasil”, avaliou Renan Dal Zotto. “Ele teve contratempos nos últimos anos, porém mais do que nunca está focado em se aperfeiçoar. Eu o vejo hoje em plena forma, em pleno vigor físico. É um atleta que vai nos ajudar muito nessa caminhada até os Jogos Olímpicos.”