Ala do governo Bolsonaro defende decreto de calamidade pública antes das eleições, diz jornal

Ala do governo Bolsonaro defende decreto de calamidade pública antes das eleições, diz jornal

A alta no preço dos combustíveis tem criado uma grande dor de cabeça para o presidente Jair Bolsonaro (PL). Por isso, uma ala do governo defende um novo decreto de calamidade pública a apenas quatro meses das eleições estaduais e federal. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Com o decreto de calamidade pública, o governo defende que teria mais segurança para abrir créditos extraordinários, usando assim recursos fora do teto de gastos. Com isso, conseguiria custear medidas para subsidiar os preços dos combustíveis e pagar auxílios a caminhoneiros, entregadores e motoristas de aplicativos.

O último decreto de calamidade pública no Brasil foi aprovado em março de 2020, pelo Congresso, no início da pandemia de Covid-19. A situação durou apenas até o fim daquele ano, mesmo com o agravamento da crise sanitária no país.

A possibilidade de um decreto tem sido discutida em reuniões do governo, de acordo com a Folha de S.Paulo. A medida de redução dos preços dos combustíveis é defendida por alguns ministros, como Paulo Guedes (Economia) e Ciro Nogueira (Casa Civil), mas a opção pela calamidade pública não é unanimidade.

O governo Bolsonaro defende o decreto por conta da guerra na Ucrânia e um possível risco de desabastecimento de diesel no Brasil. Outro motivo é a corrida eleitoral, já que o atual mandatário aparece atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em todas as pesquisas.