O Instituto de Criminalística de Alagoas confirmou nesta quarta-feira (14) que a ossada encontrada no Povoado Pontal do Peba, em Piaçabuçu (AL), é da estudante Roberta Dias, desaparecida desde 2012. As informações são do G1.

No último dia 18 de abril, populares encontraram um crânio em um areal da praia do povoado.  Três dias depois, em 21 de abril, a família da jovem resolveu fazer buscar na mesma região e encontrou parte de um esqueleto humano.

Com a suspeita de que os restos mortais poderiam ser da jovem desaparecida, a perícia fez testes de DNA. “Devido as amostras estarem bastante deterioradas, precisei realizar várias tentativas de extração do material genético, inclusivo usando técnicas diferentes até conseguir o perfil genético desses fragmentos. A partir do sucesso na extração do DNA dos fragmentos foi possível confrontar com o perfil genético da senhora Mônica Costa, mãe da jovem Roberta Dias. O resultado final do exame foi positivo”, explicou a perita Marina Mazanek.

Desaparecida desde 2012

Grávida de três meses, Roberta Dias desapareceu em Penedo, no início de 2012. Em 2018, o Ministério Público do Estado (MP-AL) denunciou duas pessoas por envolvimento no assassinato: Mary Jane Araújo Santos, que está presa, e Karlo Bruno Pereira Tavares, que responde ao processo em liberdade. 

Sogra de Roberta e mãe de Saulo de Thasso Araújo Santos, Mary Jane é acusada pelo MP-AL de ser  “a mentora e financiadora da empreitada criminosa”. As investigações apontam ainda que Karlo Bruno teria ajudado a assassinar a vítima.

Em uma conversa gravada em áudio, Karlo Bruno conta que Saulo não queria a criança e temia a reação do pai quando soubesse da gravidez. Segundo o G1, Saulo não é acusado na ação penal. A acusação descreve ainda que Roberta foi sequestrada e asfixiada com um fio de som de carro. Depois, teve o corpo enterrado em uma cova rasa. 

No próximo dia 27, mais uma etapa da audiência de instrução do caso deve acontecer. Cinco testemunhas e os dois acusados devem ser ouvidos.