Uma das maiores empresas de tecnologias de rede do mundo, a Akamai adotou uma estratégia de repatriação de parte de seus dados para diminuir custos com sistemas de nuvem pública. Em entrevista ao CIO Dive, Kate Prouty, CIO da companhia, afirmou que a mudança foi necessária devido a dificuldades em controlar os gastos.
“Nós gastávamos em excesso pois usávamos a nuvem para compensar deficiências internas na nossa arquitetura de aplicações. Não há muitas pessoas no meu cargo que admitiriam isso publicamente, mas há muitos comentários desse tipo nos bastidores. Eles têm medo de abrir essa Caixa de Pandora pois não sabem ao certo o que vão encontrar”, disse ela, referindo-se à resistência de muitas empresas para remodelar completamente suas arquiteturas de dados.
A executiva afirmou ainda que o processo de migração para a nuvem começou de forma espontânea, e em alguns anos passou a gerar despesas de centenas de milhões de dólares. “Rodávamos muitas cargas na nuvem, mas não tínhamos muito controle sobre elas”, admitiu.
O processo de repatriação de dados na Akamai começou em 2022 e foi impulsionado pela compra da Linode, empresa especializada em soluções de nuvem privada. Após a compra, a Akamai transferiu parte de seus dados hospedados em nuvem pública para a estrutura da Linode.
Com a migração, a Akamai passou a ter mais dados em uma estrutura privada, mas ainda mantém aplicações em provedores de nuvem pública. Em agosto do ano passado, após um ano de projeto de repatriação, a empresa disse ter economizado 40% nos gastos com nuvem pública.
Agora, a empresa está em fase de aperfeiçoar suas ferramentas internas para controles de custos com a nuvem. “Ainda temos serviços dos hyperscalers, mas agora fazemos escolhas mais sofisticadas, baseadas em objetivos de negócio”, afirmou Katy.