ROMA, 11 FEV (ANSA) – Ainda sem conseguir iniciar sua campanha de imunização contra a Covid-19, a Ucrânia proibiu o registro no país de vacinas provenientes de “Estados agressores”, designação aplicada à Rússia.   

A medida está em uma resolução aprovada pelo governo em 8 de fevereiro e publicada na última quarta (10), apesar dos apelos de políticos pró-Moscou em defesa da vacina Sputnik V, que já está sendo usada em diversos países.   

O presidente Volodymyr Zelensky disse que a imunização na Ucrânia vai começar no fim de fevereiro, mas o país não recebeu nenhuma vacina até o momento. Com 42 milhões de habitantes, a nação europeia aguarda a entrega de 8 milhões de doses pelo consórcio Covax Facility.   

Desse total, cerca de 2,3 milhões devem ser distribuídas no primeiro semestre, sendo 2,2 milhões de unidades do imunizante de Oxford/AstraZeneca e 117 mil da Biontech/Pfizer. A Ucrânia também tem acordos bilaterais com AstraZeneca e Novavax, totalizando mais 12 milhões de doses.   

A Sputnik V, por sua vez, já está sendo aplicada nas regiões separatistas de Donetsk e Lugansk, que estão sob controle de grupos pró-Rússia desde 2014. Até o momento, segundo o monitoramento da Universidade Johns Hopkins, a Ucrânia totaliza 1,3 milhão de casos e 25,3 mil mortes na pandemia. (ANSA).