A Agência Internacional de Energia (AIE), que se tornou indispensável nos debates mundiais sobre a energia e o clima, anunciou nesta quarta-feira (14) a ampliação de suas missões e a abertura de um processo para receber a Índia como membro pleno.

Criada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) em plena crise do petróleo, a agência celebrou seus 50 anos com um encontro que reuniu em Paris mais de 30 ministros da Energia e do Clima.

A AIE tem como membros 31 Estados, entre eles países europeus, Estados Unidos, México e Japão. A Índia é um membro associado desde 2017, assim como Brasil, China, Argentina e Quênia, entre outros.

No encerramento do encontro, o diretor-geral da agência, Fatih Birol, anunciou o processo de adesão completa da Índia: “Os governos decidiram dar um passo muito importante, que mudará, no meu entender, a governança internacional da energia para sempre: o governo indiano pediu para ser membro de pleno direito da AIE e decidimos responder positivamente.”

O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, saudou a decisão e defendeu que “um crescimento duradouro precisa de segurança energética e durabilidade”.

Em sua declaração final, a agência ressaltou que a luta contra as mudanças climáticas é prioridade. “Os investimentos em energia limpa terão que atingir 4,5 bilhões de dólares (22 bilhões de reais) por ano até 2030” se o mundo quiser limitar o aquecimento global a 1,5 °C em comparação com a era pré-industrial, aponta o documento.

Os investimentos destinados às economias em desenvolvimento terão que triplicar até 2030, acrescenta o texto.

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