As semanas livres, apenas para treinos, têm sido utilizadas pelo técnico Diego Aguirre para mostrar o mínimo possível sobre o time titular do São Paulo. As atividades no CT da Barra Funda vêm repetindo um padrão: os portões são abertos à imprensa quando os trabalhos são apenas físicos e táticos, mas fechados nas ocasiões em que o uruguaio esboça escalações e variações daquilo que pretende mandar a campo. Foi o que ocorreu novamente às vésperas do duelo com o Botafogo, neste domingo, às 16 horas, no Rio, pela 27ª rodada do Campeonato Brasileiro.

A prática não é exclusividade no São Paulo. A maioria dos clubes adota tal procedimento. São raros os treinos coletivos – aqueles nos quais os 11 titulares enfrentam 11 reservas – abertos aos profissionais que cobrem diariamente as equipes.

Outro procedimento habitual no CT da Barra Funda é liberar uma “janela” de aproximadamente 45 minutos em alguns dias específicos, período no qual pouco se observa dos jogadores a não ser as primeiras movimentações de aquecimento e exercícios preliminares do treino com bola. Já nesta sexta, o treino será totalmente fechado, assim como no sábado.

Muito do mistério atual tem a ver com a principal dúvida de Aguirre para o confronto no Engenhão: quem deverá substituir o meia-atacante Everton, que na última quinta mais uma vez não foi a campo porque se recupera de uma fibrose na coxa esquerda. Ele não treinou com bola em nenhum dia desta semana e dificilmente viajará com o grupo para o Rio.

Esta é a terceira semana consecutiva que o São Paulo tem com jogos apenas aos fins de semana, o que deve se repetir pelo menos até o fim de outubro – a CBF ainda não divulgou o desmembramento da tabela após a 30ª rodada. Desde o duelo com o Bahia, em 8 de setembro, até domingo agora, diante do Botafogo, terão sido apenas quatro partidas em intervalo de 23 dias, o que dá praticamente um jogo a cada cinco dias e meio.

“O Aguirre e toda comissão técnica estão intensificando os treinos nessa reta final e decisiva de campeonato. Não tem como baixar o ritmo, temos que chegar no auge da parte física e técnica para cada decisão”, comentou o volante Hudson, ao site oficial do São Paulo.